Rosa, Silvia Thais Corrêa Cezar Gonsalves2024-11-012024-11-012024https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/8607Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino-Americano de Arte, Cultura e História da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Antropologia – Diversidade Cultural Latino-Americana.O presente trabalho analisa a maternidade a partir de uma perspectiva multifacetada, transcendendo a visão de que a maternidade é uma condição natural, intrínseca e inerente às mulheres. É importante salientar que este trabalho foi gestado e nasceu juntamente com o processo de tornar-se mãe da própria pesquisadora, que mediante as suas vivências enquanto “mãe de primeira viagem” e acadêmica de antropologia, se deparou com diversas inquietações, questionamentos e processos autorreflexivos sobre o que representa ser mulher e mãe na sociedade. Neste trabalho, o pessoal foi tomado como investigativo e científico. A partir da análise da narrativa pessoal, possibilitada pela abordagem autoetnográfica, juntamente com o aporte bibliográfico, buscou-se aprofundar a discussão sobre a complexidade dos fenômenos sociais, culturais e psicológicos que envolvem a maternidade, apresentando a realidade multifacetada do maternar e os desafios enfrentados por mulheres ao longo da história. Para tanto, buscou-se apresentar um breve resgate histórico de discursos que foram elaborados ao longo dos séculos acerca das mulheres e da maternidade, que constituem essa construção da maternidade e de ideias que ainda estão enraizados em nosso imaginário social. Além disso, buscou-se apresentar um breve panorana acerca das lutas das mulheres e do movimento feminista frente a esses processos, além de refletir sobre como a temática da maternidade está inserida no contexto do fazer antropológico, para que novos caminhos possam ser delineados no campo da Antropologia. A partir deste trabalho, observa-se a importância em discutir sobre este tema que ainda é invisibilizado em nossa sociedade, inclusive no meio acadêmico. Este estudo aponta a importância da continuidade de pesquisas, especialmente sobre a questão da saúde mental das mulheres frente ao maternar, para promover um entendimento mais plural das realidades e vivências de mulheres mães na sociedade. Nesse sentido, observa-se a necessidade de análises mais profundas a partir da interseccionalidade, considerando que a maternidade é atravessadapor condições de raça, classe e gênero, atingindo mulheres e suas subjetividades de formas diferentes.viopenAccessmaternidademulhermãeantropologiaautoetnografia.Maternidade sob o olhar antropológico: reflexões sobre tornar-se mãe e antropóloga.