Reis, Livia Maria de Freitas2017-09-122017-09-122016-08https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/2322IX Congresso Brasileiro de Hispanistas realizado nos dias 22 a 25 agosto 2016Desde suas origens, com Montaigne, o ensaio se delineou como um tipo de texto, ainda não um gênero, de “tentativas” na qual o autor divagava e ensaiava sobre a vida e a essência da humanidade. Passando pela análise de grandes teóricos como Lucaks e Adorno, definidores desta forma narrativa ao qual se batizou como ensaio, os textos denominados ensaísticos sempre tiveram um aspecto de experimentalismo, que os confundia, não raro, com outros textos pertencentes à gêneros literários mais prestigiados. Textualidade muito visitada na América Latina, entre nós o ensaio ganhou status de gênero maior, sobretudo aquele tipo de texto preocupado em refletir sobre identidade e nação. Mais recentemente, um olhar atento para a produção ensaísta na América Latina, aponta para uma vastíssima quantidade de textos que se abrem às influências de outros gêneros literários e assumem formas discursivas que podem ser facilmente confundidas. Autores como Pedro Lemebel, Diamela Elttit, Roberto Bolaños, a partir de diferentes perspectivas, repetem e discutem o ato escritural que desde as décadas de 50 e 60 do século XX foram ensaiados por autores consagrados como Jorge Luiz Borges ou Júlio Cortázar. Ou seja, o gênero ensaístico, sem deixar de ser literatura de ideias, assume feições esteticamente comprometidas desconstruindo os paradigmas e as fronteiras de gêneroporopenAccessJorge Luis Borges (1899-1986) - escritor argentinoJúlio Cortázar (1914-1984) - escritor argentinoO ensaio, para além das fronteirasconferenceObject