| dc.description.abstract | A migração asiática, especificamente oriunda da China para o Brasil, é um fenômeno que
começou no final do século XIX e início do século XX. O número de chineses aumentou e
consequentemente aumentou o número de seus descendentes nas escolas brasileiras,
cuja função por muito tempo foi de construção da identidade nacional brasileira. No
presente artigo, pretende-se conhecer as relações sociais que os descendentes de
chineses estabeleceram no Brasil a partir de suas memórias escolares, bem como
descobrir como as experiências escolares interferiram na forma como estes sujeitos se
identificam e são identificados. Com este objetivo, foram feitas quatro entrevistas entre
2021 e 2022, com gravação de áudio, e utilizando técnicas da História Oral a partir dos
apontamentos de Verena Alberti (2010) e Alessandro Portelli (2016). As narrativas foram
analisadas a partir das contribuições de Maurice Halbwachs (1990), sobre memórias
coletivas, e Jeffrey Lesser (1999), sobre identidade e miscigenação de asiáticos no Brasil.
Ao fim, das experiências narradas, foi possível compreender que os sujeitos sempre
narram individualmente, mas suas memórias estão sempre respaldadas por grupos
sociais (HALBWACHS,1990) e sua identidade nunca é estática, pois nem sempre é
brasileira e nem sempre é chinesa, mas sempre é fluida (LESSER, 1999). | pt_BR |
