Favelas, Ocupações e Segregação Socioespacial do Território: o Caso da Comunidade Monsenhor Guilherme em Foz do Iguaçu / PR
Data
2022
Autores
Santana, Andreza Ramos
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Resumo
O objetivo desta pesquisa é analisar os fatores econômicos e sociais que levaram à remoção da Comunidade Monsenhor Guilherme, localizada no centro de Foz do Iguaçu. A partir da análise crítica do acesso à habitação em países capitalistas dependentes, analisamos a habitação a partir da teoria do valor-trabalho e das seguintes categorias: superexploração do trabalho, renda da terra, totalidade e historicidade. Estas categorias permitem identificar as formas pelas quais as cidades
latino-americanas foram conformadas: relacionadas ao escravismo colonial, as habitações populares têm como características a precariedade, escassa organização espacial e falta de políticas públicas que visem a integração da classe trabalhadora com os espaços públicos, resultando na segregação dessa população em regiões longe dos centros. Esta pesquisa permite, também, refletir a dialética em que os sujeitos estão envolvidos: como força de trabalho, são superexplorados; como consumidores, são incorporados à lógica de consumo massivo. O que comprova essa relação são dados levantados, como salário mínimo, índices de informalidade do trabalho, desemprego e renda. Ao final evidenciamos que os processos que levaram à remoção da Comunidade Monsenhor foram influenciados pela especulação imobiliária, uma das expressões do capital imobiliário, que eleva a exclusão habitacional em países dependentes, segregando social e espacialmente a classe trabalhadora e que as formas de organização atuais são insuficientes para a superação dos problemas habitacionais.
Descrição
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino-Americano de Economia, Sociedade e Política da Universidade Federal da Integração Latino- Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Ciências Econômicas – Economia, Integração e Desenvolvimento.
Palavras-chave
Segregação Socioespacial, Comunidade Monsenhor Guilherme, Capitalismo dependente