Escuta e Referencialidade. Composição em Diálogo com o Meio Ambiente

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Data

2017-03-03

Autores

Villena, Marcelo

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Resumo

A partir de uma pesquisa teórica sobre dois conceitos-chaves (escuta e referencialidade) desenvolvem-se três tipos de procedimentos performáticos para composições que buscam estabelecer relações entre paisagens sonoras e sonoridades musicais produzidas com meios acústicos. O conceito de referencialidade, auxiliado pela Tradução Intersemiótica e a Teoria das Tópicas, é empregado para compreender os mecanismos implícitos no ato compositivo de conectar os estímulos ambientais com materiais musicais. A escuta e percepção ambiental são avaliadas como metodologia para o planejamento da composição, através da Teoria Ecológica da Percepção (James Gibson), a Escuta Ecológica (Eric Clarke) e a Escuta Sensível (Marton). O trabalho aceita também contribuições vindas da reflexão das relações entre música e meio ambiente presentes em culturas indígenas (astecas, kuikuro, kidsêjê, tikmu’un), do estudo de escritos teóricos e/ou a escuta de composições de: Jonathan Kramer, Olivier Messiaen, Ulises Ferretti, John Cage, Peter Ablinger, Morton Feldman, David Monacchi, Lilian Nakahodo e Mathew Burtney. Este estudo teórico possibilita a elaboração das três propostas performáticas acima referidas: 1) peças para instrumentos acústicos tradicionais a serem executadas em situação convencional de concerto; 2) peças para serem tocadas através da manipulação de objetos do cotidiano, colhidos em meio ambientes específicos; e 3) peças para serem tocadas em locais específicos, de caráter indeterminado, em que o fluxo de eventos musicais é definido no momento da execução a partir da escuta das sonoridades ambientais.

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Palavras-chave

paisagem sonora; ecologia acústica; escuta ecológica; transcriação

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