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dc.contributor.advisorPereti, Emerson
dc.contributor.authorPinter, Kayanna
dc.date.accessioned2020-10-21T23:05:28Z
dc.date.available2020-10-21T23:05:28Z
dc.date.issued2020-10-21
dc.identifier.urihttp://dspace.unila.edu.br/123456789/5953
dc.descriptionDissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Literatura Comparada da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Literatura Comparada.pt_BR
dc.description.abstractOs contos e cantos analisados nesta dissertação, escolhidos a partir das coletâneas 20 contos e uns trocados, de Nei Lopes, e Contos negreiros, de Marcelino Freire, reivindicam a representação de aspectos da resistência histórica de afro-brasileiros desde sua desterritorialização forçada, passando pela escravização, até os espaços marginais a eles relegados na sociedade brasileira contemporânea. Apesar de essas narrativas não se situarem especificamente no contexto da escravidão, são descritas, por narradores e personagens, as consequências presentes desse sistema, muitas vezes a partir de sua própria perspectiva, de sua voz, de seus corpos. As narrativas dos dois autores apresentam diversas histórias nas quais são encenadas divergências e confluências de sistemas que foram constituindo-se, a partir de um macrocosmo culturalmente diglóssico, de forma simultânea, ainda que hierarquicamente posicionados. Em Freire e Lopes, personagens e narradores colocam-se como rebeldes, que lutam por um espaço social ainda não totalmente conquistado. No caso específico de Lopes, como evidenciamos em nosso segundo capítulo, esse espaço se dá especialmente nas quadras de samba, que são entendidas como templos de uma cultura constantemente renovada por embates muitas vezes violentos, mas também por meio da solidariedade e da festa comunitária; nesses espaços, ecoam constantemente vozes da rebeldia em estado latente, a dissidência. Em Freire, por sua vez, os embates são travados de maneiras diretas, mediante a exposição de feridas abertas que, por séculos, foram paliativamente tratadas. Tais insurgências também são expostas nos contos analisados no terceiro capítulo desta dissertação, que tem narradoras e personagens femininas como principais objetos. Nele, expomos as dificuldades e especificidades da representação do feminino nos dois autores, que constroem tais personagens com base em experiências e vivências diversas, possibilitando (caso de Freire) ou retirando (em Lopes) a liberdade e a voz do feminino da literatura. Como instrumental de análise, utilizamos principalmente as teorias propostas por Paul Zumthor e Victor Fuenmayor, que têm, na poética vocal e corporal, um de seus pontos nevrálgicos. Entendemos que a escrita de Freire, por exemplo, necessita de uma performance do corpo e da voz, do enunciador e do interlocutor, para que a compreensão de suas metáforas, de suas rimas e de seus sentidos seja plena. Já em Lopes, apresenta-se uma narrativa mais linear, centrada na escritura, que tem na representação dos corpos de pessoas negras e de suas relações com o meio, o ponto principal. Mediante este trabalho de análise, pretendemos refletir, nesta dissertação, como constitui-se a representação de vozes que se insurgem, historicamente, diante de uma tentativa sistemática de silenciamento.pt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsopenAccess
dc.subjectCorporeidadept_BR
dc.subjectFreire, Marcelinopt-br
dc.subjectLopes, Neipt-br
dc.subjectMovimentos negros de resistênciapt-br
dc.subjectLiteratura - Vozespt-br
dc.titleVozes remanescentes da resistência negra na literatura brasileira: Marcelino Freire e Nei Lopes, dois casospt_BR
dc.typemasterThesispt_BR


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