Antropologia dos Silêncios: Corpos Feminilizados em Guerra pelo Controle da Reprodução
Resumen
Este trabalho, de caráter ensaístico, é resultado de uma pesquisa documental e
bibliográfica sobre o uso de um método anticonceptivo no corpo de mulheres jovens
que vivem em situação de abrigo em Porto Alegre, Brasil. Na tentativa de configurar
o contexto sócio-histórico, aproximamos casos análogos em outras duas regiões
latino-americanas, analisando semelhanças e diferenças entre formas de inserção
de tecnologias de controle reprodutivo no mercado farmacêutico. A pesquisa
considera em seu corpo analítico as ações jurídicas e notas de repúdio. Para facilitar
a leitora na percepção dos silenciamentos que que corpos vitimados pelas práticas
biomédicas experimentam nos sistemas de poder. Busco assim, possibilitar outras
formas de agenciar corpos feminilizados, no que se refere à fecundidade, no âmbito
das políticas públicas na área da saúde, buscando assim, uma prática de escuta
atenta e uma variedade de formas de lidar com a possibilidade de reprodução
humana.