Padrões Latitudinais na Diversidade de Macroalgas de Riachos

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Data

2019-07-13

Autores

Xavier, Maycon Peixoto

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Resumo

A distribuição geográfica das espécies não é uniforme, e tende a variar em resposta ao fatores no ambiente. Padrões de distribuição latitudinal, por exemplo, têm sido um dos mais investigados. No entanto, estudos para a distribuição espacial, em grandes escalas, de macroalgas de riachos são quase escassos. Com isso, o objetivo do presente estudo foi o de avaliar se o padrão de distribuição global da diversidade (α, β e γ) de macroalgas de riachos respondia a um gradiente latitudinal, e quais seriam os fatores que em grandes escalas poderiam estar estruturando cada comunidade à nível regional. Para a realização deste estudo, dados de ocorrência de espécies (dados bióticos com dados de coordenadas) foram retirados de 31 regiões do planeta. Dados climáticos e geológicos foram extraídos a partir de arquivos georreferenciados (rasters) para testar que fatores poderiam estar estruturando os padrões de distribuição. A partir de uma análise HP (análise de partição hierárquica), foi possível verificar quais fatores explicavam os padrões para cada diversidade (α, β e γ). O presente estudo demonstrou que a distribuição de macroalgas de riachos responde ao gradiente latitudinal. Os padrões de distribuição global das diversidades α e γ apresentaram um padrão de estruturação latitudinal similar e inesperado. Em ambos os casos, a diversidade foi baixa nos extremos (trópicos e pólos) e apresentou um pico nas latitudes de 40o (regiões temperadas). O padrão de diversidade γ não pôde ser explicada por nenhuma das variáveis selecionadas. O padrão de diversidade α, por outro lado, foi explicado pela correlação positiva da diversidade com as variáveis carbono orgânico no solo (COS) e nível de conservação regional (NCR). Por fim, a distribuição da diversidade β, ademais de apresentar o padrão esperado, apresentou um padrão linear negativamente correlacionado com a latitude, o que reforçou que a distribuição das macroalgas de riachos (diversidade β) provavelmente siga as regras descritas por Rapoport (1982) para a distribuição latitudinal de espécies. Para esse padrão, correlações negativas da diversidade com as variáveis COS e variação sazonal de temperatura (VST), se apresentaram como boas explicações para tal. A partir destes processos de estruturação identificados espera-se um incremento no poder de previsão para a variação das comunidades macroalgais de riachos em grandes escalas.
The geographic distribution of species is not uniform, and tends to vary in response to factors in the environment. Latitudinal distribution patterns, for example, have been one of the most investigated. However, studies for the spatial distribution, on large scales, of macroalgae of streams are scarce. The objective of the present study was to evaluate if the global distribution pattern of the diversity (α, β and γ) of streams macroalgae responded to a latitudinal gradient, and what would be the factors that in large scales could be structuring each community at regional level. For this study, species occurrence data (biotics data more coordinated data) were taken from 31 regions of the planet. Climatic and geological data were extracted from georeferenced files (rasters) to test what factors might be structuring distribution patterns. From an HP analysis (hierarchical partition analysis), it was possible to verify which factors explained the patterns for each diversity (α, β and γ). The present study demonstrated that the distribution of macroalgae of streams responds to the latitudinal gradient. The global distribution patterns of α and γ diversities presented a similar and unexpected pattern of latitudinal structuring. In both cases, the diversity was low in the extremes (tropics and poles) and presented a peak in latitudes of 40o (temperate regions). The diversity γ pattern could not be explained by any of the selected variables. The diversity α pattern, on the other hand, was explained by the positive correlation of diversity with the variables soil organic carbon (COS) and regional conservation level (NCR). Finally, the distribution of β diversity, in addition to presenting the expected pattern, presented a linear pattern negatively correlated with latitude, which reinforced that the distribution of streams macroalgae (β diversity) probably follow the rules described by Rapoport (1982) for the latitudinal distribution of species. For this pattern, negative correlations of diversity with the COS variables and temperature seasonality (VST) were presented as good explanations for this. From these identified structuring processes it is expected an increase in the prediction power for the variation of macroalgal communities of streams at large scales
La distribución geográfica de las especies no es uniforme y tiende a variar en respuesta a los factores del entorno. Los patrones de distribución latitudinal, por ejemplo, han sido uno de los más investigados. Sin embargo, los estudios para la distribución espacial, en grandes escalas, de macroalgas de arroyos son escasos. El objetivo del presente estudio fue evaluar si el patrón de distribución global de la diversidad (α, β y γ) de las macroalgas de arroyos respondía a un gradiente latitudinal, y cuáles serían los factores que a gran escala podrían estar estructurando cada comunidad a nivel regional. Para este estudio, se tomaron datos de la ocurrencia de especies (datos bióticos con datos de coordinadas) de 31 regiones del planeta. Los datos climáticos y geológicos se extrajeron de archivos georreferenciados (rasters) para probar qué factores podrían estar estructurando los patrones de distribución. A partir de un análisis de HP (análisis de partición jerárquica), fue posible verificar qué factores explicaron los patrones para cada diversidad (α, β y γ). El presente estudio demostró que la distribución de macroalgas de arroyos responde al gradiente latitudinal. Los patrones de distribución global de las diversidades α y γ presentaron un patrón similar e inesperado de estructuración latitudinal. En ambos casos, la diversidad fue baja en los extremos (trópicos y polos) y presentó un pico en latitudes de 40o (regiones templadas). El patrón de diversidad γ no pudo ser explicado por ninguna de las variables seleccionadas. El patrón de diversidad α, por otro lado, se explicó por la correlación positiva de la diversidad con las variables carbono orgánico en el suelo (COS) y el nivel de conservación regional (NCR). Finalmente, la distribución de la diversidad β, además de presentar el patrón esperado, presentó un patrón lineal correlacionado negativamente con la latitud, lo que reforzó que la distribución de las macroalgas de arroyos (diversidad β) probablemente siga las reglas descritas por Rapoport (1982) para la distribución latitudinal de las especies. Para este patrón, las correlaciones negativas de la diversidad con las variables COS y la variación estacional de la temperatura (VST) se presentaron como buenas explicaciones para tal. A partir de estos procesos de estructuración identificados, se espera un aumento en el poder de predicción para la variación de comunidades macroalgales de arroyos a grandes escalas

Descrição

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino-Americano de Ciências da Vida e da Natureza Integração da Universidade Latino-Americana, Federal como da requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Ciências Biológicas: Ecologia e Biodiversidade. Orientador: Prof. Dr. Cleto Kaveski Peres

Palavras-chave

Algas (água doce), Ecologia (bacias hidrográficas), Limnologia

Citação

XAVIER, Maycon Peixoto. Padrões Latitudinais na Diversidade de Macroalgas de Riachos 2019. 46p. Trabalho de Conclusão de Curso (Ciências Biológicas: Ecologia e Biodiversidade) – Universidade Federal da Integração Latino-Americana, Foz do Iguaçu, 2019