ICAL - Dissertação

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    A nova defesa social nos planos de segurança: uma análise do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (PRONASCI) e do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM) de Foz do Iguaçu.
    (2024) Alves, Ana Paula Winck
    A seguinte dissertação objetiva analisar através da análise discursiva os planos de segurança em dois níveis – nacional e municipal – a fim de observar se há semelhanças entre os discursos e as práticas com planos elaborados em âmbito regional e global. Buscamos observar quais conceitos norteadores estão presentes na idealização do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (PRONASCI). Portanto, será investigada uma instituição que produz saber-poder em um território de fronteira que contextualmente produz inimigos sociais dos mais variados tipos, o Gabinete de Gestão Integrada do Município de Foz do Iguaçu (GGIM). Para tanto, utilizaremos o marco teórico-metodológico das teorias pós-modernas/pós-estruturalistas das Relações Internacionais, bem como as premissas conceituais do filósofo francês Michel Foucault. Dito isto, analisamos o processo de estratégias de produção de condutas criminosas a partir dos conceitos de segurança humana, segurança cidadã e defesa social, realizando um breve histórico das discussões conceituais, passando pelo advento do biopoder, acesso ao poder de morte e sociedade de risco. Posteriormente, será realizada uma coleta de dados documentais como diários oficiais e notícias, bem como uma breve pesquisa de campo a fim de observarmos as atividades realizadas pelo Gabinete.
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    Feminismos latino americanos: vivências da não maternidade no filme Frida (2002) e no México.
    (2024) Lima, Daiane Soares de
    Este estudo propõe uma reflexão sobre os estereótipos associados à não maternidade, a partir do filme Frida, lançado em 2002, sob a direção de Julie Taymor e baseado no livro Frida, a biografia (1983), produzido pela historiadora Hayden Herreda. O Seu objetivo central é compreender a construção da idealização da maternidade nos moldes universais, os desafios emocionais e sociais enfrentados por mulheres que decidem não ter filhos ou não podem tê-los, e como essas mulheres encontram maneiras alternativas de vivenciar a maternidade. Portanto, problematizamos como os ideais de maternidades e não maternidade são vivenciados através das pautas e lutas dos feminismos chicano, comunitário e decolonial. A partir destes feminismos a análise se concentra nas emoções retratadas no filme e na obra de Frida Kahlo, especialmente no contexto da não maternidade. Explora-se também a complexidade dessa experiência, reconhecendo-a como individual e dinâmica, assim sendo, falaremos de maternidades no plural. A pesquisa investiga ainda como Frida expressa suas emoções e experiências por meio de suas obras artísticas. No entanto, não nos limitaremos apenas às obras visuais da artista, pois é crucial explorar outras formas de arte, como performances, que também provocam reflexões sobre o tema.
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    Cooperação internacional, narcotráfico e segurança pública: um estudo de caso sobre a tríplice fronteira Argentina, Brasil e Paraguai (1995-2014).
    (2024) Motta, Cibelle Burdulis da
    Nessa dissertação buscou-se compreender como as políticas de drogas e ações de cooperação internacional de enfrentamento ao crime organizado transnacional, a partir de uma perspectiva global, regional e local atuam na região da região da Tríplice Fronteira (Argentina, Brasil e Paraguai). Como marco temporal, foram utilizados os governos brasileiros a partir do primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso iniciado em 1995, ao primeiro mandato de Dilma Rousseff finalizado em 2014, tendo em vista que optamos pelo Brasil como ponto de partida para explicar as questões de segurança internacional, cooperação internacional e segurança pública experenciadas na Tríplice Fronteira. Inicialmente, percorremos um caminho desde o início do século XX até parte do século XXI, onde foram expostas reuniões, comissões e acordos desenvolvidos em ambiente internacional tendo como tema principal o problema das drogas e posteriormente o crime organizado transnacional, pois acreditamos que esses encontros foram embasadores das políticas sobre drogas na América Latina e, consequentemente, nos países que formam a região da Tríplice Fronteira. Identificamos que a Guerra às Drogas (1971) e o proibicionismo juntamente com o sistema capitalista, o liberalismo econômico e, consequentemente a globalização, foram fatores que colaboraram para as desigualdades sociais atuais, além de agravarem os crimes organizados transnacionais. Por conseguinte, identificamos algumas pluralidades, especificidades fronteiriças e adentramos na região da Tríplice Fronteira, apresentando-a geograficamente e posteriormente analisamos como essa fronteira entrou para a agenda de segurança internacional de outros países. Foram verificadas, também, as políticas públicas de segurança elaboradas pelos governos brasileiros para as regiões de fronteira e os acordos de cooperação internacional em virtude da segurança e combate ao crime organizado transnacional desenvolvidos entre Argentina, Brasil e Paraguai. Por fim, para compreendermos como as cooperações internacionais funcionam na prática, foram realizadas entrevistas com integrantes da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e do Comando Tripartite do Brasil (CT).
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    Desenvolvimento, vulnerabilidade externa e integração regional: o caso dos investimentos diretos externos (IED) na América do Sul entre 2000 e 2020.
    (2023) Severo, Camila Caresia Wexell
    A presente dissertação propõe analisar as entradas e saídas de capital derivadas de Investimentos Externos Diretos (IED) na América do Sul, entre 2000 e 2020, buscando entender os impactos sobre os processos de desenvolvimento econômico, inserção internacional, desnacionalização e vulnerabilidade externa. Após um período de restrições aos fluxos internacionais de capital, os países da América do Sul optaram pela abertura econômica e pela promoção dos IED como uma estratégia para se reintegrar ao cenário internacional durante a década de 1990. No entanto, ao longo dessa década, verificou-se que esses investimentos tiveram baixo impacto na formação bruta de capital fixo, na agregação de valor nacional e na substituição de importações, não contribuindo significativamente para o desenvolvimento econômico, a diversificação produtiva ou a integração regional sul-americana. Desde então, o Sistema Internacional passou por importantes mudanças com o avanço da multipolaridade, que criou oportunidades para a organização conjunta dos países periféricos na busca de maiores possibilidades de desenvolvimento e soberania. Os anos 2000 testemunharam uma sutil retomada de políticas de desenvolvimento econômico na região, uma maior busca por autonomia no cenário internacional e uma intensificação da integração, embora parte dessas mudanças tenham sido revertidas até o final de 2020. Diante desse contexto, o objetivo desta dissertação é investigar se as mudanças de conjuntura foram capazes de potencializar um aproveitamento mais eficaz do IED, em termos de benefícios para a economia e redução da vulnerabilidade externa, uma vez que o IED se tornou uma das principais fontes de financiamento externo para as economias regionais.
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    Cooperación espacial entre Argentina y Brasil (1985-2023): una herramienta política-económica para el desarrollo.
    (2023) Cuevas, Benjamín; Luciano Wexell, Severo
    La industria espacial, de gran crecimiento en las últimas décadas, es un sector estratégico de alto valor agregado y empleo calificado que brinda dinamismo económico a través de la extensa cadena de proveedores públicos y privados que incorpora; la generación de externalidades tecnológicas hacia otras actividades productivas y mediante la posible generación de divisas que supone. Por otra parte, la cooperación Sur-Sur en esta área - como estrategia de desarrollo circunscripta a la existencia de políticas industriales y tecnológicas-posee la capacidad de favorecer tanto el dominio productivo del ciclo de actividades espaciales como aquellos vínculos internacionales estratégicos en materia de política exterior. Argentina y Brasil, las dos economías de mayor peso en la región sudamericana, poseen importantes trayectorias en el sector que los ubican entre un selecto grupo de no más de quince países en el mundo con capacidades espaciales donde el considerable antecedente de cooperación espacial entre ambas naciones a partir de la década de 1980 hasta la actualidad nos invita a reflexionar sobre las funciones que ejerce este tipo de práctica en el marco de una relación binacional. Siendo así, en función de la no linealidad de este proceso cooperativo, este trabajo se propone como principal objetivo analizar, a partir de una perspectiva histórica-estructural y de desarrollo comparado, qué función ha cumplido - en términos políticos y económicos -la cooperación espacial argentina-brasileña entre 1985 y 2023. Dicho problema de investigación se estructura bajo la hipótesis de que la cooperación espacial entre ambos países semi-periféricos se encuentra condicionada en cada etapa, de forma relativa en lo político y de forma crítica en lo económico-productivo, por el régimen de acumulación predominante. En tal sentido, se presume como escenarios favorables para la cooperación espacial los ciclos desarrollistas y neo-desarrollistas, así como la gran dificultad para afrontar proyectos binacionales productivos de largo plazo, tal como ocurre en el caso del satélite SABIA-Mar, durante los periodos neoliberales debido a la ausencia y descoordinación de políticas industriales, tecnológicas y de política exterior característica de este régimen de valorización financiera. De ese modo, la alternancia de modelos en este contexto binacional se presenta como un obstáculo en cuanto a la velocidad del desarrollo espacial en Argentina y Brasil y su nivel de autonomía en vistas de un cambio estructural. Para alcanzar el mencionado objetivo y finalmente constatar la hipótesis de trabajo, el siguiente estudio será subdividido en tres apartados. El primero, para expresar de manera crítica la perspectiva teórica de la investigación. El segundo, de carácter histórico, para analizar la relación secular y pendular existente entre Argentina y Brasil y, por último, un tercer capítulo para analizar las funciones históricas de la cooperación espacial entre ambos países hasta llegar a la reciente experiencia del proyecto satelital binacional SABIA-Mar.
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    Estratégias feministas na América Latina: uma análise do coletivo Ni Una Menos
    (2023) Mandelli, Thatiane
    A América Latina é a região mais letal do mundo para as mulheres, fora de um ambiente de guerra. Este é o panorama da região a respeito do feminicídio. Embora na maior parte dos países da região seja tipificado como crime, os índices seguem altos. Tomando isso em conta, no ano de 2015, surge o coletivo argentino Ni Una Menos, ou NUM, formado inicialmente por jornalistas e escritoras em um momento em que a Argentina também enfrentava a ocorrência quase diária de feminicídios. O que se viu foi um movimento de revitimização por parte da mídia e a inércia do Estado. A partir desse momento, com estratégias inovadoras e de impacto mobilizador massivo, o coletivo inicia suas ações com o intuito de denunciar, cobrar respostas e punições e, acima de tudo, impedir que mais mulheres percam a vida pela violência machista e misógina. Importa frisar que a Argentina possui um longo histórico de luta feminista e a memória é utilizada como um instrumento ativista para reivindicar justiça e evitar que o passado se repita. O Ni Una Menos, fazendo jus a esse histórico de luta, somado a estratégias de uso de redes sociais e a criação de laços transnacionais, evoca a politização do feminicídio não somente na Argentina, mas fora dela também, espraiando-se para toda a América Latina e outras latitudes. A partir disso, o objetivo deste trabalho é fazer uma análise do coletivo, suas estratégias transnacionais de luta e mobilização, com foco principalmente no uso das redes sociais. Como aporte teórico, nos valemos dos pressupostos do giro decolonial, em especial da “colonialidade de gênero” e as propostas das feministas decoloniais. Trata-se de pesquisa metodológica qualitativa, elaborada a partir de revisão bibliográfica a respeito do tema, análise discursiva de ações do coletivo, do espaço das redes sociais, de documentos disponíveis online, utilizando o aparato teórico e metodológico de diferentes correntes da análise do discurso (AD) , além de realização de pesquisa de campo utilizando o método de observação-participante. As últimas décadas mostram que houve significativos avanços no combate à violência de gênero na América Latina. Contudo, a violência de gênero persiste, em todas as suas formas, e o Ni Una Menos, nos últimos nove anos, mostra a força feminista de mobilizar e disputar os espaços, apontando caminhos para o fim dessa violência.
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    A guerra contra as drogas e a geopolítica estadunidense para a américa do sul
    (2023) Shahadeh, Haia Ayman
    O narcotráfico se tornou uma das atividades ilícitas mais lucrativas globalmente, fazendo parte do mercado mundial, onde em vários momentos históricos, beneficiou-se de crises econômicas para a expansão dos seus negócios. Diante disso, procuramos destacar a fronteira como um lugar privilegiado para manutenção desse negócio lucrativo, já que o ilegal e o legal se tornam um híbrido, isto é, uma coisa só. Assim, busca-se compreender o narcotráfico na América do Sul, abordando suas fases de produção, circulação e distribuição, bem como os fatores que proporcionaram o trânsito de drogas na região, ressaltando como que a globalização possibilitou ao tráfico a se organizar em redes como empresas transnacionais, servindo como uma justificativa de “ameaça” à geopolítica estadunidense, originando a chamada “guerra contra as drogas” na América do Sul. Para atingir as finalidades propostas, foi elaborado a seguinte metodologia: Primeiramente, definiu-se o período histórico, com referência em Braudel (1965), no qual, embora o século XXI seja o foco principal, observou-se a urgência de considerar alguns eventos históricos do século XX. A ideia é ressaltar as variáveis-chaves que, em cada parcela de tempo, guiarão o sistema de dimensões chamado período, visto que um elemento não se desenvolve por si só, nem é capaz de se alterar sem levar consigo os outros na direção de seu movimento. A segunda metodologia foi definida para entender a organização espacial do narcotráfico em escalas, o que nos permite perceber os impactos da sua dinâmica capitalista nos países da América do Sul e ao mesmo tempo, examinar como os Estados Unidos se beneficiaram desse cenário para instalação de bases militares nas fronteiras. Tendo em vista este propósito, determinou-se as seguintes escalas geográficas, de acordo com a concepção de Neil Smith (2002): global, regional e nacional. Em Relação a estrutura da pesquisa, dividiu-se em dois capítulos: 1) Fundamentação teórica, onde é discutido sobre os principais conceitos que serão utilizados para a pesquisa, como: Narcotráfico, Globalização, Território, Espaço Geográfico, entre outros; e 2) Guerra contra as Drogas: formação de uma força-tarefa militarista estadunidense na América do Sul, com o intuito de apresentar a origem e o destino das drogas, além de aprofundar-se sobre está política proibicionista. Ao desenvolver estes tópicos, foi possível aplicar a teoria dos Estados potentes e Estados falidos à temática do narcotráfico.
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    A construção da identidade pan-latina nos Estados Unidos em Jane the Virgin (2014)
    (2023) Staduto, Isadora Wadi
    Neste trabalho proponho problematizar, a partir da série Jane The Virgin (2014), e suas personagens principais, a constituição de uma identidade pan-latina para os imigrantes latino-americanos, e seus descendentes, nos Estados Unidos. Adaptada da telenovela venezuelana Juana La Virgen (2002), a série é influenciada pelo gênero da obra original, tanto na construção das personagens, quanto no enredo e nas escolhas estéticas. No primeiro capítulo, realizo uma revisão bibliográfica de Jesús Martín-Barbero (1997) para analisar a série sob a ótica do gênero melodrama, o gênero que melhor representa a América Latina, segundo o autor. No segundo capítulo apresento alguns aspectos da população latina nos Estados Unidos, que proporcionaram as condições político-sociais e econômicas para que a série fosse realizada. A intenção é compreender a formação desta “etnia-comercial” e também da indústria transnacional da telenovela localizada na cidade de Miami, Flórida, onde é produzida a obra. Por fim, no terceiro capítulo, realizo um estudo de caso, analisando o episódio piloto, no sentido de demonstrar como elementos do gênero melodramático conformam a identidade pan-latina presente na série.
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    El jornal Nosso Tempo, testigo brasileño de la dictadura paraguaya solidaridad política y tensiones
    (2023) Castro Pino, Jhonathan Bastián; Renato da Silva, Paulo
    La dictadura de Paraguay (1954 – 1989) junto con el hecho de ser el régimen cívico- militar más duradero en el cono sur, es también el más olvidado. El general Alfredo Stroessner con la complicidad del Partido Colorado, gobernó el país bajo la lógica del terror y la represión. El periódico Nosso Tempo (1980 - 1994) de la ciudad brasileña de Foz de Iguazú, por su cercanía geográfica y cultural, es testigo privilegiado de lo que sucede en el país vecino. La férrea censura en Paraguay, ve en la ciudad fronteriza de Foz de Iguazú, una plataforma de acceso a información, una puerta a la libertad muchas veces en el exilio. El diario Nosso Tempo, testigo de las acciones de la dictadura brasileña, fue un periódico comprometido con las causas sociales del Oeste de Paraná, en Brasil, se tornó además un medio de solidaridad con los perseguidos políticos paraguayos. Medio de comunicación que interpretó la realidad del otro nacional, desde la cultura política brasileña. Mediante el análisis de contenido descriptivo de las ediciones del periódico (1980 – 1985), reflexionaremos sobre lo escrito sobre los opositores y opositoras a Alfredo Stroessner. La dictadura paraguaya así como resistencia al régimen autoritario es descrita por el diario, siendo una interesante fuente de datos sobre el sistema político, la clase gobernante cívica y militar, los sectores populares, campesinos, y la izquierda en Paraguay. Junto con revivir la memoria de los perseguidos políticos paraguayos, el estudio del periódico Nosso Tempo entrega herramientas para comprender la realidad de la región trinacional de Iguazú, lugar de encuentro de los pueblos latinoamericanos. A su vez, el periódico demuestra una solidaridad para el pueblo paraguayo sin otro igual en Brasil, al mismo tiempo, demuestra un abismo cultural de interpretación del otro nacional, al cargar intereses y tensiones que acompañan la historia de relación de ambos países Latinoamericanos.
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    Primaveras del Pensamiento Paraguayo Idearios Pacifistas e Integracionistas en el Sacerdote Ramón Talavera (1950 – 1960)
    (2016) Talavera, Isel Judit
    Las principales perspectivas de análisis de las Relaciones Internacionales están centradas especialmente en el Estado como actor principal. Entretanto salimos del ámbito gubernamental para centrarnos en el individuo y por medio de éste problematizar las relaciones entre países y pueblos. Así, a partir de una Historia de Vida es posible leer una sociedad, su cultura y las formas como se relacionan, influencian y operan presiones ante los propios Estados y alteran sus comportamientos. Por medio de la trayectoria de vida del sacerdote Ramón Talavera (1923 – 2010) problematizamos la sociedad frente al stronismo, el papel de la Iglesia Católica frente al Estado de excepción, como también las integraciones de movimientos sociales en Paraguay y en el exilio, así aportando la relevancia y el protagonismo de los pueblos en las Relaciones Internacionales. Para eso, reconstruiremos la actuación político-social de Talavera siendo nuestro recorte temporal delineado por 2 ejes analíticos y simbólicos de su trayectoria: (1) Trayectoria político-social en Paraguay, con su compromiso libertario y los principales enfrentamientos contra la dictadura en los años 1950 a 1958; y (2) Trayectoria político-social en el exilio en los años 1958 a 1960, cuando estimuló la formación del Frente Unido de Liberación Nacional (Fulna) con vías pacifistas e integracionistas y se tornaría un vocero contra las injustas condiciones económicas, sociales y políticas de su país.
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    Bloqueos Invisibles en la Integración: la Política Latinoamericana de México en la Era Neoliberal
    (2023) Ayala Mondragón, Miguel Ángel
    La dependencia entre Estados metrópolis y periféricos es una permanencia de larga duración que perpetúa la desigualdad y el imperialismo. En América Latina, a lo largo de su historia, se han presentado diversos condicionamientos que han comprometido la soberanía de los países de la región. Durante la época neoliberal aumentó el uso del capital financiero “improductivo” venido desde las metrópolis, en gran medida desde Estados Unidos, como mecanismo de financiamiento externo hacia las periferias, sobre todo en concepto de deuda; ello ha significado la estrechez en las relaciones de la dependencia, a tal grado que define el régimen internacional de los países periféricos en función de los intereses geopolíticos de las metrópolis. Desde que México ingresó al modelo neoliberal ha experimentado un régimen que condiciona su integración/cooperación con el resto de sus pares latinoamericanos, en aras de diseñar acuerdos internacionales alineados a los intereses geopolíticos de Estados Unidos. A dicho proceso se le define como “bloqueos invisibles en la integración”.
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    Esfera Pública, Neoliberalismo e Crise da Democracia Liberal na América Latina: as Convulsões Sociais no Chile e Colômbia (2019-2021)
    (2023) Medeiros, Alba Fernanda Pinto de; Orientação
    Em meio a um contexto de revolta social e crise da democracia liberal, Chile e Colômbia viram diversos setores da sociedade buscarem nas ruas formas de expressar não somente suas insatisfações, mas as exigências que possuíam em relação ao Estado. Conhecidos como estalidos, a escalada das reações sociais em ambos os países andinos parecia desenhar um cenário no qual a sociedade não se via espelhada em suas instituições. Embora sejam países diferentes em muitos aspectos, se unem não somente pelo nível de suas revoltas, mas, também, pela similaridade com a qual as políticas neoliberais estão instauradas enquanto políticas de Estado, de tal forma que chama atenção a linguagem anti-sistêmica que os grupos sociais que saem às ruas passam a reproduzir. Exigindo que o Estado cumpra um papel enquanto partícipe e garantidor de direitos sociais, essas revoltas revelam a vulnerabilidade social promovida pelas políticas neoliberais, bem como o espaço de exclusão formado na esfera pública ao afastar a linguagem de grupos não inseridos na gramática hegemônica e enfraquecer as instituições democráticas. Dessa forma, este trabalho irá buscar, por meio de levantamento bibliográfico e análise teórica, compreender qual o impacto da inserção da racionalidade neoliberal, enquanto gramática normativa da democracia liberal, nos sistemas políticos desses dois países, bem como qual seria o lugar da esfera pública, enquanto espaço de encontro de grupos vulnerabilizados e catalisadora das insatisfações sociais capazes de modificar a gramática de dominação e gerar modificações estruturais robustas.
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    Integração e Cooperação Policial no Combate aos Crimes Transnacionais no Âmbito da Segurança Internacional na América do Sul
    (2020) Chichoski, Alessandro Luiz
    Esta pesquisa visa a apresentar os delineamentos de uma associação entre os crimes transnacionais cometidos no espaço das fronteiras latino-americanas e o contexto das Teorias das Relações Internacionais pós-Guerra Fria, na área de Segurança Internacional e Defesa apresentada pela Escola de Copenhague, em decorrência de alguns fatores, entre eles a globalização, visto o crescimento dos fluxos transnacionais de pessoas, bens e capitais no final do século XX e início do Século XXI; também, pelo enfraquecimento do poder dos Estados democráticos, representado nas mudanças das políticas ocorridas nas economias fechadas e nos regimes autoritários, fatores estes que arruinaram a autoridade estatal em muitos países, possibilitando a ascensão de grupos criminosos que tomaram as redes transnacionais para atuarem livremente. Será uma pesquisa bibliográfica, com análises quantitativas e qualitativas, proveniente de dados estatísticos relacionados a organizações criminosas, a crimes transnacionais e a segurança pública e internacional.
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    O Circuito da Mineração na Colômbia e no Peru: Efeitos Socioambientais do Extrativismo Mineral em Larga Escala no Sistema-Mundo
    (2023) Queiroga Júnior, Tarcísio Moreira de
    O presente trabalho versa sobre os efeitos socioambientais gerados por projetos de mineração na Colômbia e no Peru, de modo a ilustrar o cenário da extração mineral em larga escala na América Latina, uma das regiões periféricas do sistema-mundo. Nosso objetivo é analisar os impactos socioambientais causados pelo extrativismo mineral promovidos por corporações estrangeiras na Colômbia e no Peru a partir da lógica centro-periferia do sistema-mundo; verificar como o capitalismo opera na América Latina, por meio do extrativismo mineral e averiguar os conflitos e movimentos de resistência contra a maior mina de carvão do mundo Cerrejón (Colômbia) e a mina de cobre Antapaccay (Peru), propriedades da transnacional Glencore, localizada na Suíça. Tomamos como referência a Glencore por ter seu mercado voltado para commodities de mineração e por operar minas em distintos países da América Latina. Optamos por Antapaccay e Cerrejón, por serem de propriedade da Glencore, e apresentarem sérias denúncias de contaminação e negligências com seus trabalhadores e saúde dos habitantes locais. Além disso, as comunidades que compõem essas regiões trazem um largo histórico de manifestações contra a empresa. Os procedimentos metodológicos consistiram em uma pesquisa bibliográfica documental, com abordagem qualitativa e instrumentalizada pela observação não participante. Inicialmente, realizou-se a revisão bibliográfica sobre conceitos fundamentais para compreensão da temática, tais como, colonialidade do poder, colonialidade da natureza e sistema-mundo. Concluiu-se, que a partir da invasão da América o colonialismo foi perpetuado por meio das colonialidades e permitiu o surgimento do sistema-mundo, criando relações desiguais entre os países. Nesse sentido, tanto o governo da Colômbia, quanto o do Peru, calcados no modelo extrativista-exportador, flexibilizaram leis ambientais e favoreceram a implantação de projetos de mineração para atrair capital estrangeiro e impulsionar a economia, mesmo a mineração sendo sinônimo de destruição e morte, e não garantir desenvolvimento econômico para as regiões exploradas. O sistema-mundo garante aos países de centro o domínio e o direito de explorar os recursos naturais e força de trabalho dos países periféricos, entretanto, há movimentos de resistência oriundos de pessoas, comunidades e organizações que lutam contra os projetos de mineração. Apesar de se encontrarem em diferentes territórios, se integram por uma mesma causa. Por fim, o extrativismo mineral é um dos elos que conecta a periferia ao centro, sendo um elo essencial para a manutenção do sistema-mundo, portanto a mineração e seus desdobramentos socioambientais merecem ser estudados e compreendidos.
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    Tráfico de Pessoas Entretramas e Entre Escalas: Caminhos Fronteiriços entre Brasil e Paraguai
    (2022) Coutinho, Amanda Gabrielli da Silva
    No presente trabalho temos como objetivo compreender como o enfrentamento ao tráfico de pessoas vinculado às migrações e ao mercado do sexo tem sido construído a partir das entretramas de gênero, raça, classe, sexualidade e nacionalidade, e entre as escalas internacionais, regionais interamericana e da América do Sul, sub-regionais do Mercosul, e nacionais do Brasil e seus territórios fronteiriços, com o Estado nacional paraguaio. Através do levantamento das principais normativas de enfrentamento nestes âmbitos, assim como, a sua problematização, demonstramos como a capilarização de discursos e práticas hegemônicas que não consideram as entretramas e entre escalas que constituem e são constituídas por experiências múltiplas, complexas e específicas de mulheres de cor migrantes, trabalhadoras e traficadas, privilegiam algumas perspectivas em detrimento de outras, resultam no aprofundamento de desigualdades sociais, sustentam a indiferença perante as violências que atravessam as vidas destas mulheres e invisibilizam a sua participação ativa na aceitação, negociação e contestação em tais processos, assim como, na transformação de suas realidades a partir de práticas coletivas de resistência e retomada de suas identidades e territórios. Para isso, retomamos o marco analítico da interseccionalidade no contexto da colonialidade de gênero para abordar os marcadores sociais da diferença que são base para o desenvolvimento de relações sociais racistas e patriarcais, mas são desconsiderados na formulação de políticas hegemônicas antitráfico. Realizamos revisão bibliográfica de críticas levantadas por ativistas, pesquisadoras, trabalhadoras do sexo, mulheres migrantes, organizações internacionais e não governamentais a respeito do processo de formulação de tais políticas, assim como, trazemos à luz algumas particularidades destes mecanismos de enfrentamento, além de entrevistas realizadas na cidade de Foz do Iguaçu, Paraná, parte dos territórios fronteiriços do Brasil com o Paraguai e Argentina.
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    A Era da Soberania dos Povos: Perspectivas Latino-americano-afro-caribenhas
    (2022) Wisly, Joseph
    O presente trabalho tem por objetivo pensar como a Soberania Popular junto à Soberania do Saber, Soberania Alimentar e Soberania Sanitária como teorias das Relações Internacionais e Ciência Política discutidas a partir das experiências histórico-culturais do Haiti e dos Países Afro-caribenho-latino-americanos. Em termos teóricos, trabalhamos com as referências dos autores latino-americano-afrocaribenhos críticos e a reflexão sobre práxis libertadora dos oprimidos com base na unidade epistêmico-política para construir a “Soberania do Saber”. Estudamos os autores originais da região e suas contribuições a este novo pensamento. Discutimos os elementos da formação social do Estado Haitiano, as resistências do campesinato frente à classe dominante e suas contribuições à Soberania Popular. Realizamos um diálogo de saberes entre as cosmovisões afro-caribenhas com as dos povos indígenas e suas lutas políticas pela vida; em seguida, relacionamos ‘vodu’ com ‘bom viver’ na ética de ‘complementaridade’; e de ‘paradigma biocêntrico’ e ‘práxis políticas das mulheres haitianas durante a luta da libertação’, elementos fundamentais para refletir sobre a “Agroecologia” e “Soberania Alimentar” da Via Campesina enquanto projeto contrahegemônico frente às empresas multinacionais e a “Soberania sanitária” desde a medicina comunitária popular. Escolhemos os indígenas, afros, pobres, trabalhadores e as mulheres Latino-americanoafro-caribenhos como lugar epistêmico-político para não só descolonizar, democratizar e plurinacionalizar as Relações Internacionais e Ciência Política, como também a possibilidade de uma integração popular latino-americano-caribenha do Sul político e da cooperação Sul-Sul “desde subsolo”, digamos, desde a reflexão-ação dos Movimentos Sociais Populares. Revisamos as teorias críticas e culturas populares. Reconciliamos o sujeito epistêmico com o sujeito político revolucionário. Seguimos um caminho intercultural ao respeito das diferenças culturais promovidas a partir do encontro das diferenças de classe, etnia, sexo, gênero, nacionalidade, língua, saber, religião que existem entre as pessoas para criar uma Epistemologia Popular e Latino-americano-afro-caribenha frente ao pensamento hegemônico e elitista. Pois, é indispensável repensar a teoria crítica desde as necessidades básicas das lutas populares pela vida (alimentação, saúde e educação) e culturas contra-hegemônicas.
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    América Latina en Disputa, entre el Progresismo y la Restauración Conservadora
    (2020) Alarcón Mejía, Diego Mauricio
    El debilitamiento del progresismo latinoamericano en los últimos años ha venido acompañado de un fortalecimiento proporcional de grupos y partidos de derecha y extrema derecha que cada día disputan el poder con una debilitada izquierda y paso a paso van recuperando todos los espacios de poder perdidos durante la época progresista. Este nuevo escenario de conservadorismo radical que se va consolidando en nuestra región necesita ser ampliamente estudiado y analizado debido a las grandes implicaciones económicas, políticas y sociales envueltas en la restauración de la agenda neoliberal en la región. Para dicho estudio, este trabajo se enmarca dentro la perspectiva del pensamiento crítico decolonial latinoamericano, que es parte de una amplia tradición de pensamiento descolonizador, y desde esta perspectiva se propone analizar los factores del agotamiento o límites del progresismo latinoamericano, para determinar en qué medida estos factores o estas deficiencias identificadas dentro del progresismo latinoamericano pueden explicar la actual coyuntura política regional. Con este objetivo se realizó una revisión bibliográfica y una pesquisa de campo la cual dio prioridad al contexto ecuatoriano por ser este un escenario familiar y accesible para el autor permitiendo dar continuidad trabajos anteriores en el área. Por esta razón fueron seleccionados importantes actores políticos e intelectuales de diferentes tendencias políticas que tuvieron algún protagonismo durante el proceso de Revolución Ciudadana. A partir de este estudio y con los aportes de los entrevistados esperamos poder generar respuestas que permitan entender la actual coyuntura regional y que nos permitan reflexionar sobre alternativas que permitan evitar revivir escenarios políticos, económicos y sociales nocivos para nuestra región como los que experimentamos en la última década del siglo pasado y que desafortunadamente se vienen repitiendo y consolidando de manera radical en nuestra región desde la elección de Donald Trump.
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    Guerras pela Integração: a Emergência dos Blocos Regionais e as Guerras de Nova Geração, uma Análise Histórico-Teórica a partir do Caso da Guerra na Ucrânia
    (2022) Peixoto, Gabriel Rodrigues
    Ao longo da última década, a iminência de um conflito interestatal de largas proporções e o crescente aventamento de um suposto desafio à hegemonia estadunidense se tornaram o centro dos debates das Relações Internacionais. E de fato, a emergente ação e limitada coordenação de um punhado de nações semi-periféricas, lastreadas no avanço de seus respectivos projetos de integração regionais, paulatinamente, principiaram o socavamento dos interesses estratégicos dos EUA e de seus aliados, num amplo movimento que deu lugar a uma crescente instabilidade internacional. Tal amplo movimento, se convencionou chamar de “volta da geopolítica” por alguns e foi caracterizado pela pretensa imediação de uma “Guerra Híbrida” por tantos outros. Neste entremeio, conflitos que envolvem direta ou indiretamente potências emergentes e suas respectivas concepções territorialização haveriam de ser deflagrados. Por detrás de tal fenômeno reside a emergência de uma ascendente nova configuração multipolar em desequilíbrio, que desata uma crise sistêmica que coloca em cheque a Pax Americana e tende por ter como como resultado final a culminação de uma revolução espacial iniciada ainda no século XIX e que tem por pano de fundo a confrontação primordial entre terra e mar. Numa confrontação que traz em seu âmago um Novo Momento das Relações Internacionais e no qual se desdobram novas possibilidades geopolíticas, a soberania territorial recobra um impulso primordial e as guerras entre Estados ressurgem enquanto possibilitadoras de câmbios estruturais no arranjo de poder global. Na presente dissertação, recorremos, desde o pensamento geopolítico, o caminho do fenômeno da integração regional enquanto modo de reorganização espacial e ariete geoestratégico transicional a uma organização territorial e política qualitativamente superior. E é por assim ser que colocamos nossas vistas de forma especial no conflito interestatal que se deriva da expansão da integração territorial enquanto sintoma da expansão espacial estatal e característica intrínseca ao mesmo exercício de soberania.
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    Un Análisis Biopolítico de las Políticas Migratorias de Estados Unidos Hacia los Migrantes Centroamericanos
    (2022) Ramos Escobar, Stefany Lorena
    La migración Centroamericana constituye en la actualidad una temática de importancia tanto política como jurídica, pero sobre todo humanista. Debido a que tiene lugar en un escenario marcado por problemas socioeconómicos, de seguridad y políticos, provocando un aumento masivo de las migraciones centroamericanas hacia los Estados Unidos de Norteamérica, sobre todo de personas en búsqueda de mejores condiciones de vida. De tal manera, en el presente trabajo se detalla las políticas migratorias instrumentadas por organizaciones internacionales, nacionales, regionales, e intergubernamentales con la necesidad de definir marcos regulatorios que den sustento jurídico a los nuevos proyectos en pro de la migración ordenada y segura. Además, se hace una breve revisión introductoria de la evolución y tendencias recientes del comportamiento de flujos migratorios, como también se analizará los gobiernos de Barack Obama y Donal Trump referente a deportación como un dispositivo biopolítico. El objetivo que rige nuestra investigación consiste en hacer un análisis biopolítico de los cambios en política migratoria de Estados Unidos hacia la migración Centroamérica. La pregunta que guio nuestra investigación fue: ¿Sería posible hacer un análisis biopolítico sobre las políticas migratorias de los Estados Unidos hacia los centroamericanos? Así mismo, junto con el soporte metodológico basado en el referencial teórico de conceptos sobre biopolítica y necropolítica, se hará una revisión bibliográfica sobre los conceptos, sumada a textos de organismos internacionales y nacionales que nos permitirá comprender la realidad migratoria de Centroamérica.
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    Candombe: Transformação e Permanência - uma Leitura de Rua e Palco
    (2022) Rodriguez Silva, Miguel Angel; Friggeri, Félix Paulo
    Este trabalho versa sobre o Candombe, uma expressão da cultura popular negra, nascida na cidade de Montevidéu colonial, como manifestação dos escravizados. A primeira vertente musical deste ritmo que tinha ligação direta com os rituais africanos deu passagem às novas representações, fruto das crescentes relações interculturais. Esses primeiros toques africanos, dos quais os historiadores dizem não ter registro, surgem novos toques que com o tempo ficaram conhecidos como “Toques Madres (Mães)” O Candombe, que é formado por música e dança, estará presente em diversos momentos da vida sociopolítica da cidade (festas religiosas, casamentos, festas, velórios, manifestações políticas, entre outros), e é na sua performance que temos as discussões que são apresentadas nesta pesquisa. Além do espaço de prática festiva, que incluem a rua desde a sua criação, as novas situações de concurso implantadas ao longo do século XX, farão com que essa prática musical negra se consolide no carnaval, em festas de ruas e palcos. Como resultado desse processo de expansão, a prática do Candombe, historicamente vinculada à comunidade afro uruguaia, ganha maiores proporções, alcançando novos atores e configurações sociais, o que fará que com o tempo essa prática musical da cidade de Montevidéu, seja elevada a símbolo de identidade nacional. No entanto, essa nova condição do Candombe e sua forma oficial de organização de grupo, que é a "Comparsa", é carregada de contradições e conflitos, principalmente de raça e gênero, estabelecem novos diálogos, devido à busca de espaço e legitimidade no seu interior. Buscou-se verificar qual foi o papel da ditadura militar, num processo de integração que trouxe, não apenas novos atores para a prática do Candombe, mas também novos espaços territoriais para esta manifestação musical. Procuramos verificar a existência de uma integração cultural regional, já que essa música negra de Montevidéu vem sendo praticada nos países vizinhos, Argentina e Brasil. No caso do Paraguai, teremos uma conexão com o candombe rítmica e mais antiga, e esta tem a ver com um episódio de migração forçada relacionada às lutas de independência da época, motivos não muito diferentes às migrações mais recentes. Refletimos sobre a cultura como símbolo de poder, utilizando para este diálogo a introdução do negro no continente americano, e a escravização como modo de produção e mercado fundamental para a consolidação do capitalismo. Analisamos a importância da cultura oral, já que o Candombe é uma cultura musical dinâmica que depende muito do ensino prático e também como essa prática musical nos permite dialogar com o nascimento de uma cultura latino-americana resultado da relação de diferentes culturas nesse território alvo das invasões coloniais. Abordamos também alguns processos históricos que geraram transformações significativas na atual cultura negra de Montevidéu, onde o Candombe desempenha um papel significativo de resistência na formação histórica e sócio político-cultural da cidade (UNESCO 2010) e por fim como o “Candombe” é apresentado pelas estruturas oficiais de ensino à população em geral. Palavras-chave: Candombe, Montevidéu, Integração, Educação