Comunidades quilombolas do Rio Grande do Sul: história, cultura e religiosidade
View/ Open
Date
2017Author
Fiabani, Adelmir
Theisen, Vanderson
Kapelinski, Fabiano
Metadata
Show full item recordAbstract
Este projeto resultou em um documentário sobre as comunidades
quilombolas do Rio Grande do Sul, com enfoque no patrimônio imaterial. Foram
realizadas filmagens e entrevistas nas comunidades Madeira, Quilombo Candiota,
Várzea dos Baianos, Faxina, Cachoeirinha, Rincão do Quilombo, São Manuel,
Palmas, Passo do Araçá, Quilombo Corrêa, Lichiguana e Rincão do Couro onde
coletamos dados referentes à história, cultura e religiosidade. Os relatórios
produzidos para obter o reconhecimento, associado à memória dos moradores,
serviram de subsídio para o texto/roteiro que embasou esta obra fílmica. A produção
deste documentário constituíu-se em atividade importante para a universidade, pois
cumprimos com a política de extensão e cultura da Instituição, ao registrar os
saberes e cultura deste segmento social. As comunidades quilombolas guardam
aspectos da cultura africana, são redutos de pessoas negras e mestiças, que
habitam a zona rural, vivem da produção que retiram da terra, mantém costumes e
tradições dos seus antepassados e passam seus conhecimentos de geração em
geração. São comunidades onde encontramos os mais baixos indicadores de
desenvolvimento social. Em muitas, os jovens estão saíndo para trabalhar fora,
tendo como consequência o 'esvaziamento' das comunidades e muitas das tradições
se perdem com o êxodo. As comunidades quilombolas apresentam problemas em
relação à documentação de suas terras. O Artigo 68 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias da Constituição Federal de 1988 assegurou às
comunidades negras o direito à titulação das terras, sendo o Estado o responsável
pela emissão dos títulos. O Estado tem-se mostrado ineficaz e, este fato, está
comprometendo o futuro das comunidades. Passadas quase três décadas da
vigência do referido dispositivo constitucional, menos de 10% das terras foram
tituladas. A Universidade Federal da Fronteira Sul cumpriu sua função social ao
apoiar este projeto, pois ficaram registrados aspectos importantes da história, cultura
e religiosidade destas comunidades