Imaginários da identidade: Macunaíma e Altazor

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Data

2016-08

Autores

Fajardo, Gerardo Andrés Godoy

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Resumo

A literatura é uma espécie de espelho profundo da identidade, pois a obra de arte nunca reflete com claridade nem perfeição os objetos que coloca em pauta, mas, graças a isso, consegue dizer e deixar em xeque o próprio objeto representado. De fato, nem a realidade nem a representação da mesma são estruturas fechadas, mas fluxos de significação que cobram vida nas mãos do escritor, do leitor e do crítico. Por isso, quando buscamos marcas de identidade cultural em obras como Macunaíma (1928) de Mario de Andrade e de Altazor (1931) de Vicente Huidobro, que foram escritas sob o ímpeto da modernidade na sua expressão vanguardista, sacolejamos o discurso nacional do Brasil, por um lado, e do Chile, por outro. Isso porque o artista que leva a linguagem a ser permeada pela rapsódia ―como chamara o próprio Mario de Andrade a seu romance― e pelo poema longo ―como é a criação de Huidobro― trabalha com outro lugar da enunciação. Entretanto, a genialidade da obra não é só uma questão de forma, mas também o trabalho realizado com os conteúdos, que tanto em Macunaíma quanto em Altazor possibilitam um instigante desdobramento da identidade. Nesse ensaio inédito desenvolvemos a crítica literária com um perfil neomarxista graças às leituras de Eagleton e de Benjamin, procurando uma ideia do Brasil com autores como Darcy Ribeiro e Sérgio Buarque de Holanda e sobre a identidade chilena com Jorge Larraín entre outros.

Descrição

IX Congresso Brasileiro de Hispanistas realizado nos dias 22 a 25 agosto 2016

Palavras-chave

Mario de Andrade (1893-1945) - escritor brasileiro, Macunaíma (1928) - romance brasileiro, Vicente Huidobro (1893-1948) - poeta chileno, Altazor (1931) - poema chileno

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