Atos Artísticos do Real: Biodrama, Remake e Performance Autobiográfica de Vivi Tellas, Lola Arias e Janaína Leite

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Data

2022

Autores

Magueta, Evelyn Fernanda

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Resumo

O teatro como representação da vida e dos processos de resistência inspirou, na Argentina, artistas e diretoras teatrais como Vivi Tellas e Lola Arias, e no Brasil, Janaína Leite, a trazerem para o palco biografias de pessoas vivas que, com suas performances, promovem aos espectadores, reflexões críticas, a fim de que novas sociedades possam surgir com mais igualdade e menos injustiça, fomentando um modelo de teatro que produz memórias sociais atravessadas por contextos políticos e históricos. Os marcos teóricos que conduzem a presente investigação são as teorias de Michael Foucault (1984), acerca da constituição do sujeito para compreender a construção das biografias de pessoas vivas; Diane Klinger (2006) e a escrita de si como fundamento para a autobiografia e criação de arquivo próprio; Aleida Assmann (2011), para a abordagem sobre o acesso as memórias e a materialização da memória social. Ao estabelecer análises comparativas das autoras-diretoras, mencionaremos os seus processos na esfera do “teatro real”, ou “teatros do real”, conceito fundamentado, primeiramente, pela psicanalista e filósofa francesa Maryvonne Saison (1998). Ao final, busco conclusões do trabalho artístico, vindo das inspirações das diretoras, ao criarem vertentes do teatro do real influenciadas pelos ideais feministas, articulados por Margareth Rago, em diálogo com os discursos de Foucault. As considerações demonstram a compreensão dos teatros do real como procedimentos de afirmação da identidade – formas de ser e existir –, bem como o teatro como um espaço de liberdade de criação e construção de memória social de um povo.

Descrição

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Literatura Comparada da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Literatura Comparada. Orientador: Fernando Mesquita de Faria

Palavras-chave

Teatro Documental. Biodrama. Performance Autobiográfica. Memória. Identidade

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