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dc.contributor.authorPereira Júnior, Paulo Alves
dc.contributor.authorSilva, Paulo Renato da
dc.date.accessioned2017-02-17T20:17:35Z
dc.date.available2017-02-17T20:17:35Z
dc.date.issued2014-11-06
dc.identifier.urihttp://dspace.unila.edu.br/123456789/995
dc.descriptionAnais do III Encontro de Iniciação Científica da Unila - Sessão de História - 06/11/14 – 13h30 às 17h30 - Unila-PTI - Bloco 09 – Espaço 03 – Sala 01pt_BR
dc.description.abstractA historiografia sobre os modos de resistência às ditaduras cívico-militares na América Latina destaca, majoritariamente, os grupos “intelectualizados” da sociedade (estudantes, intelectuais, jornalistas, escritores, artistas) e os trabalhadores urbano-industriais, organizados em sindicatos e partidos políticos. Ademais, muitos intelectuais marxistas que estudam esses governos autoritários priorizam como sujeitos históricos o proletariado. Dessa forma, como explicar o caso de resistência à ditadura existente em um país agrário-exportador como o Paraguai? Nesse caso, o conceito de proletariado se manifesta insuficiente, pois não conseguiria explicar as ações de parcelas expressivas de certos grupos sociais. Para isso, utilizaremos o conceito de setores populares. Luis Alberto Romero, em seu livro Sectores Populares, Cultura y Política: Buenos Aires en la entreguerra (1995), escrito em conjunto com Leandro Gutiérrez, desenvolve o conceito de setores populares, ao pensar na constituição dos trabalhadores para além do processo produtivo urbano-industrial e se voltando para os sujeitos e grupos que não estejam, necessariamente, inseridos neste processo produtivo (as mulheres, os idosos, as crianças, os camponeses, os indígenas, dentre outros). É importante frisar que o conceito de setores populares não exclui os trabalhadores urbano-industriais, mas procura pensar suas ações para além do processo produtivo. Além disso, na grande maioria dos estudos, as resistências cotidianas dos setores populares são “silenciadas” pelos autores, que dão prioridade aos grupos armados e às oposições político-partidárias. Para esses autores, a população paraguaia se calou diante do medo e da repressão, paralisando-se politicamente frente ao autoritarismo estatal. Assim, o presente trabalho apresenta a seguinte problemática: os setores populares foram desarticulados politicamente durante o período stronista? A partir das produções bibliográficas da década de 1980 até a de 2010 e dos tomos III e V do Informe Final da Comissão de Verdade e Justiça no Paraguai (2008), pretendemos apresentar perspectivas a essa problemática, identificando como esses textos representam a atuação política dos setores populares. Os estudos sobre o governo stronista, apesar de evidenciarem as oposições e resistências de distintos grupos sociais, reproduzem a imagem de uma população passiva, desmobilizada e apolítica. Entretanto, os livros de René Horst (2008) e de Alfredo Bocia Paz, Myrian González e Rosa Palau (1994), juntamente com os tomos do Informe Final da CVJ, representam os setores populares como um grupo politicamente ativo, que se mobilizaram e utilizaram táticas para criticarem o sistema autoritário e repressivo do governo. Como referenciais teórico-metodológicos, utilizaremos, além do conceito de setores populares, definições de memória, resistência, práticas cotidianas, representações e “silenciamento”. Agradecemos ao Programa de Bolsas de Iniciação Científica (PROBIC) da Universidade Federal da Integração Latino-Americana pela bolsa concedida.pt_BR
dc.description.sponsorshipBolsista de Iniciação Científica PIBIC/UNILA - Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)pt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsopenAccess
dc.subjectRegimes cívico-militarespt_BR
dc.subjectStronismopt_BR
dc.subjectResistênciapt_BR
dc.subjectCotidianopt_BR
dc.subjectAmérica Latinapt_BR
dc.titleMemória e autoritarismo: setores populares e a ditadura Stroessner no Paraguai (1954-1989)pt_BR
dc.typeconferenceObjectpt_BR


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