Desenvolvimento de Protocolo para Análise de Atrazina em Embriões de Ave

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Data

2023

Autores

França Silva, Gustavo de

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Resumo

A atrazina é um herbicida seletivo sintético do grupo das triazinas, cuja atuação ocorre na inibição da fotossíntese das plantas não desejadas. Esse herbicida é utilizado principalmente em culturas de trigo e milho, porém casos de contaminação ambiental são comuns não só da atrazina, como também de seus dois principais metabólitos, DIA (desisopropilatrazina) e DEA (desetilatrazina). A contaminação em animais está associada com efeitos tóxicos, sendo relatada como desregulador endócrino em adultos, sejam machos ou fêmeas, mas também em embriões de diversas classes de animais, afetando a regulação hormonal e, consequentemente, os padrões de desenvolvimento desses indivíduos. Assim, visto que embriões de galinha (Gallus gallus) são animais modelo para estudos envolvendo o desenvolvimento embrionário, o objetivo deste trabalho foi desenvolver um protocolo para o estudo da bioacumulação de atrazina em embriões de aves. A metodologia utilizada baseou-se no tratamento in ovo de três grupos de embriões: um grupo controle com injeções de água destilada, um grupo tratado com injeções de solução de atrazina a 500 μg/L, e um grupo tratado com injeções de atrazina a 1000 μg/L. A coleta dos embriões ocorreu 7 dias após a incubação. Os embriões foram preparados para análise empregando a metodologia QuEChERS (acrônimo para Rápido, Fácil, Barato, Eficaz, Robusto e Seguro), seguido de análise por cromatografia em fase líquida acoplada ao detector de arranjo de diodos (HPLC-DAD). Realizou-se a validação analítica da metodologia, sendo avaliados a linearidade, resíduos da curva analítica, limite de detecção e limite de quantificação, e precisão. Com relação aos resultados obtidos, não houve a detecção da atrazina e de seus metabólitos em embriões, em nenhuma das concentrações administradas. Taxas de mortalidade e malformações também foram avaliadas, porém nenhuma discrepância significativa foi capaz de associar os efeitos da atrazina com desvios do padrão de desenvolvimento embrionário. Estudos futuros devem ser realizados para confirmar que embriões de aves não são capazes de bioacumular a atrazina e garantir que o uso desse agrotóxico não afeta a saúde dos animais a nível de desenvolvimento.

Descrição

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino-Americano de Ciências da Vida e da Natureza da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Biotecnologia.

Palavras-chave

atrazina, embrião, desenvolvimento embrionário, bioacumulação, cromatografia, validação analítica.

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