Áreas Prioritárias para Conservação de Primatas do Bioma da Mata Atlântica
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Data
2022
Autores
Oliveira, Laura de
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Resumo
A Biologia da Conservação é uma ciência desenvolvida para promover e incentivar a conservação da
biodiversidade. A conservação da biodiversidade pode ser pela conservação in situ ou ex situ, sendo a
conservação in situ através de áreas protegidas. Os planos de conservação como o Planejamento Sistemático
da Conservação (PSC), que se refere uma abordagem estruturada destinada ao mapeamento das redes de
primatas Diante das áreas prioritárias se torna possível a criação das chamadas áreas protegidas. A Mata
Atlântica abarca um dos maiores graus de riqueza de espécies e de taxas de endemismo de todo planeta, um
dos hotspots mundiais que vem sofrendo com a fragmentação e perda no seu habitat. Diante disso, várias
espécies estão sendo ameaçadas de extinção, incluindo as espécies de primatas onde a destruição e
perturbação das florestas acabam sendo as ameaças mais graves à sua sobrevivência, sendo essas espécies
indicadoras da integridade local, onde ameaças presentes em uma determinada área podem indicar prejuízos
para a biodiversidade total. Para estabelecer um controle e conhecimento global sobre o status de
conservação das espécies A Lista vermelha de espécies ameaçadas da União Internacional de Conservação
da Natureza (IUCN) foi criada em 1964, composta por cerca de nove categorias referentes aos status de
ameaças das espécies. O objetivo deste estudo foi identificar áreas prioritárias para a conservação dos
Platyrrhini no bioma da Mata Atlântica, baseado no status de ameaça das espécies. A área de estudo foi
obtida do shapefile do limite da World Wildlife Fund (WWF). Os dados de distribuição geográfica das espécies
foram obtidos através da base de dados da IUCN e elas correspondem às categorias LC, NT, VU, CR e EN,
todas as espécies foram utilizadas neste estudo. A priorização das áreas foi obtida através do software
Zonation 5.0, utilizando o Core Area Zonation (CAZ) e sua variação CAZ 1 como modelo de agregação do
valor de conservação. Para realizar a priorização foi atribuído pesos diferentes entre as categorias de ameaça.
Além disso, as áreas prioritárias foram comparadas com Áreas Protegidas (APs), onde o shapefile das APs
foi obtido no banco de dados global Protected Areas, comparadas no software QGIS, programa de
georreferenciamento. Assim, este estudo ranqueou e identificou as áreas prioritárias para a conservação de
primatas da Mata Atlântica. Através dos resultados, foi possível observar que cerca 21,46% das áreas
prioritárias presentes neste estudo estão contidas dentro de determinadas áreas de proteção, sendo o estado
com mais áreas com proteção o RJ. Ao observar as áreas prioritárias não protegidas, elas representam cerca
de 2,52% da Mata Atlântica pela a contagem dos pixels. As áreas de priorização se encontram nos estados
do RJ, SP, MG, ES e AL. As áreas presentes sem proteção sofrem com ameaças, efeitos antrópicos, porém
as áreas já protegidas também sofrem ameaças, sendo uma delas a redução da sua extensão. Se faz
necessário esforços para a conservação, investimentos nessas áreas para manutenção e gestão, afim de que
elas consigam alçar seus objetivos de conservação.
Descrição
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino-Americano de Ciências da Vida e Natureza da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Ciências Biológicas – Ecologia e Biodiversidade.
Palavras-chave
Biologia da Conservação; áreas protegidas; Platyrrhini; biodiversidade; Zonation