Análise da Evolução da Exportação de Farinha de Maca Peruana para a China entre os Anos 2015-2020

Abstract

Desde a década de 1990, o Peru é reconhecido como um dos sete países com maior diversidade do mundo, com uma flora de mais de 2.500 espécies, das quais aproximadamente 1.400 são medicinais. Entre as plantas medicinais peruanas está a maca ou também conhecida como ginseng peruano, uma riqueza natural pela qual os Estados Unidos, China e Canadá têm predileção. Esta planta é cultivada nas cidades de Pasco e Junín por suas propriedades curativas, fertilidade, vitalidade e alto teor de proteínas. Neste trabalho, é feita uma análise da exportação de um dos derivados deste produto, a farinha de maca para a China entre 2015 e 2020. Este produto é atrativo para exportação para a China devido às alianças comerciais existentes, como o Acordo de Livre Comércio com o referido país. A China passou a ser o principal destino das exportações peruanas com 23,5% do total. Esta análise parte de uma breve contextualização da evolução da economia peruana, seguida da evolução do comércio exterior e tem como objetivo analisar a evolução das exportações de farinha de maca do Peru para o mercado chinês, entendendo a partir de uma análise que de 2010 a 2015 a exportação de farinha de maca começou a diminuir devido à biopirataria encontrada nas raízes e sementes deste valioso produto na China, produzindo um excesso de oferta e endividamento dos produtores com os bancos agrícolas, esta concorrência desleal foi devido à compra e transferência ilegal de essas raízes e sementes de maca para Yunnan, província da China, onde foram plantadas em grandes quantidades e depois vendidas para o mercado interno chinês a um preço menor, mas sem ter as mesmas propriedades da maca peruana. Em 2015, o aumento dos preços devido à venda inesperada de toneladas de maca e sementes gerou falsas esperanças de vendas futuras, o tempo provou o contrário e no final houve um excesso de oferta que provocou uma queda nos preços e menos vendas.