| dc.description.abstract | A Leishmania infantum é um parasita causador da leishmaniose canina, doença
considerada zoonose, conhecida como leishmaniose visceral e que pode infectar humanos
e animais. Nenhum tratamento até agora é realmente eficaz e muitos animais após
sofrerem dos sintomas acabam morrendo em decorrência da doença e suas
consequências. Os sinais clínicos são muito variados e inespecíficos, entre os principais
podemos citar, anemia e trombocitopenia graves, emagrecimento, esplenomegalia,
linfoadenomegalia, doença hepática, insuficiência renal, lesões cutâneas, entre outros.
Diante desse estado inflamatório crônico, podemos dizer que se cria um ambiente oxidativo
que pode culminar em lesão celular e dano ao material genético dos cães infectados. Para
investigar esses danos, foram aplicados o teste do micronúcleo e o ensaio do cometa, bem
como a medição dos níveis séricos de LDH. Nossos resultados mostram que cães
infectados com sintomas apresentam níveis mais elevados de LDH sérica (517,5 ± 164,3 U
/ L, n = 17) quando comparados a cães oligossintomáticos (433,4 ± 223,6 U / L, n = 7),
sintomáticos (398,3 ± 238,3 U / L , n = 12) ou cães saudáveis (142,38 ± 37,94 U / L, n = 5).
O maior nível de dano ao DNA foi encontrado em cães com infecção sintomatológica,
conforme demonstrado pelo teste do micronúcleo e pelo teste do cometa. Foram
encontradas diferenças estatísticas entre os animais oligossintomáticos e sintomáticos em
comparação com cães saudáveis. Esses resultados mostram que a infecção por
Leishmania infantum pode causar eventos clastogênicos que sugerem que esse processo
tem grande potencial a ser estudado, visto que Leishmania infantum mostrou-se como um
possível um agente biológico mutagênico. | pt_BR |
