Inglês como Meio de Instrução na UFPI: Um curso-piloto de formação continuada para professores de pós-graduação como estratégia de internacionalização
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Data
2019-09-04Autor
Rodrigues, Beatriz Gama
Rocha, Aline Oliveira
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Com o propósito de desenvolver o processo de internacionalização de programas de pós-
graduação, uma das estratégias das instituições de ensino superior pode ser a oferta de disciplinas
ou minicursos em inglês. Na Universidade Federal do Piauí (UFPI), em 2018, foi aberto um curso
de formação continuada de Inglês como Meio de Instrução (English as a Medium of Instruction –
EMI) para professores de programas de pós-graduação. De acordo com Dearden (2), EMI é o uso da
língua inglesa na docência de cursos de todas as áreas em ambientes onde a primeira língua dos
participantes não é a inglesa. Conforme Baumvol e Sarmento (1), o uso de EMI em universidades
brasileiras foi relacionado a uma necessidade de inserir os alunos no contexto internacional de
produção e difusão de conhecimento, ou seja, de “qualifica-los para que possam agir e participar
de práticas em diferentes contextos acadêmicos através da língua inglesa”. Para promover a
cooperação internacional entre estudantes, professores e pesquisadores, é importante
desenvolver sua competência linguística, a fim de que eles possam participar ativamente em
experiências de internacionalização e de troca de conhecimento, seja em instituições
estrangeiras ou por meio da internacionalização em casa. O objetivo desta apresentação é expor
os componentes do curso-piloto, desenvolvido em 2018 na UFPI, refletir sobre sua elaboração, a
participação dos professores que participaram no curso e analisar os objetivos e perspectivas
relatados nos projetos de cursos que seriam ensinados em inglês e como eles podem auxiliar no
processo de internacionalização da instituição. Espera-se que outros pesquisadores e profissionais
interessados em políticas linguísticas no processo de internacionalização do ensino superior
possam se interessar por esta apresentação e que novas pesquisas e cursos possam ser
desenvolvidos, pois, de acordo com Martinez (3), “Enquanto há um corpo crescente de
publicações sobre EMI em contextos nos quais ele já está relativamente bem-estabelecido (por
exemplo, Holanda, Dinamarca e Espanha), a emergência da pesquisa sobre EMI no Brasil está
muito mais incipiente do que a emergência crescente de disciplinas ministradas em inglês no
país”.