Mulheres Negras: epistemicídios e suas interseccionalidades
Resumo
Este trabalho buscará compartilhar o andamento da pesquisa de mestrado “Entre fronteiras e
resistências: tecendo vivências de lideranças periféricas da cidade de Foz do Iguaçu”, dentro da qual
almejamos aproximar-se e localizar a história, os desafios e as lutas que tangem o âmbito de
lideranças femininas fronteiriças da cidade de Foz do Iguaçu. Essa abordagem se propõe a trabalhar
com lideranças femininas periféricas, preferencialmente negras, buscando dialogar com seus
saberes como referências intelectuais, tal como entender suas vivências e identificar as fronteiras
que habitam, tanto em seu aspecto geográfico, nacional, político e simbólico, como também as
fronteiras de gênero, raça e classe que as caracterizam. No decorrer da pesquisa buscaremos nos
aproximar ao tema, discutindo as relações e construções que tangem o saber histórico, entendendo
que existem perspectivas históricas que se consagram como hegemônicas, e ao se reproduzirem
cooperam na manutenção de uma estrutura social e psíquica, que realça um status quo
colonialista/patriarcal e racista. Sendo assim, trataremos de reconhecer os epistemicídios produzidos
pela branquitude, partindo por uma abordagem feminista interseccional e decolonial, que almeja
enegrecer as epistemologias e formulações clássicas