TCC - Letras – Expressões Literárias e Linguísticas

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ILAACH - Centro de Letras e Artes - Bacharelado em Letras - expressões literárias e linguísticas

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    Traducir “Al Revés”: Representaciones sobre la Traducción Inversa
    (2015-05-25) Albarenga, Eva Yolanda Taberne
    A tradução inversa é aquela que se faz da língua materna do tradutor para uma outra língua. Essa prática tem sido pouco considerada nos Estudos da Tradução, pois existem várias representações teóricas em torno do falante nativo e da superioridade da tradução direta (a que se realiza para a língua materna) que a deslegitimam. Porém, alguns estudos recentes no campo da direcionalidade tem questionado essas representações e demonstrado que se trata de uma prática recorrente no mundo contemporâneo. No Brasil existem tradutores hispânicos que traduzem para o português e tradutores brasileiros que traduzem para o espanhol em diferentes âmbitos da sociedade. Nesse contexto, o objetivo do presente trabalho consiste em analisar as representações sobre a tradução inversa que emergem do discurso dos sujeitos que a realizam no par linguístico português/espanhol. Para isso foram realizadas entrevistas semiestruturadas ao vivo e mediadas por Skype com dez tradutores ativos na profissão que praticam a tradução inversa em diferentes áreas. O conceito de representação que serviu para analisar os dados gerados foi o de Stuart Hall (1997). Trata-se de um enfoque construcionista a partir do qual se entende que o significado das coisas/pessoas/eventos é criado pelos sujeitos na interação e através da linguagem. Também foi pertinente considerar a categoria “regimes de verdade” de Foucault (2000). Quando em determinado contexto sócio-histórico se instituem determinadas representações como verdadeiras, estas passam a ser naturalizadas no seio da sociedade como sendo a norma. Nesse sentido, as representações, que aparecem em boa parte da teoria, são reafirmadas também no discurso dos tradutores. Além da representação em torno da superioridade do falante nativo, faz-se presente também a representação da língua materna como sendo uma, limitada, homogênea, transparente e possível de ser apreendida em sua totalidade. Dalí se desprendeu outra série de representações que as completam ou contradizem.
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    Dinâmicas linguísticas no comércio de Ciudad del Este: como os atores sociais se posicionam quanto às línguas faladas na região.
    (2015) Silva, José Rosemiro da; Lessa, Giane da Silva Mariano
    Diante de um cenário onde convivem duas línguas oficiais, onde residem pessoas oriundas das mais diferentes nacionalidades e idiomas, onde há um grande fluxo de falantes de português e de turistas estrangeiros falantes de outras línguas; o presente trabalho se propõe a verificar como ocorrem as dinâmicas linguísticas entre os sujeitos que convivem diariamente na área comercial de Ciudad del Este no Paraguai; e, instigado por denúncias de que alguns trabalhadores estariam sendo proibidos de falar uma das línguas oficiais do país, consideramos também a importância de buscar entender melhor como se posicionam esses mesmos sujeitos quanto as variadas línguas utilizadas, dada a intensidade das relações sociolinguísticas nesse contexto. Para tanto, destacamos os vários pontos de vista de diferentes estudiosos sobre temas relacionados a sociolinguística, seguido ainda de alguns aspectos sobre identidades que podem nos ajudar a compreender os comportamentos dos nossos sujeitos de pesquisa; fazemos uso também de entrevistas em cujas respostas contribuem para melhor esclarecer o que os sujeitos envolvidos nesse contexto pensam a respeito dos idiomas falados neste local e como se dão as dinâmicas em relação ao uso desses idiomas. Os resultados de nossa pesquisa demonstram a aceitação e o interesse de parte das pessoas no comércio pelas diferentes línguas usadas e que são por eles necessárias nesse ambiente e que as dinâmicas podem ocorrer de diferentes maneiras a depender dos próprios sujeitos envolvidos. A escolha da língua, por tanto, pode variar de acordo com a ocasião, locais e pessoas envolvidas, podendo elas serem eleitas por motivos como a preferência individual, posição politica em relação a mesma ou sobre tudo por fatores contextuais que indicam quais línguas devem ser usadas em determinada situação.
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    O livro didático de português língua adicional e os parâmetros de referência do CELPE-BRAS: uma análise da competência comunicativa.
    (2014) Mamani, Silvana Maria; Jalil, Samira Abdel
    Para que um aprendiz de língua adicional possa desenvolver a competência comunicativa é necessário que o uso da língua seja adequado linguística e discursivamente, ao mesmo tempo em que esteja situado e propositado. O objetivo deste trabalho é analisar em que medida a proposta do livro didático Estação Brasil. Português para estrangeiros – 2ª edição (BIZON; FONTÃO, 2012) está em consonância com o Celpe-Bras. Para esse fim, tomei como referência o construto do Exame Celpe-Bras (BRASIL, 2012). Dessa forma, estudo a relação entre as atividades propostas no livro didático e as tarefas do exame, e também como são trabalhados aspectos da competência comunicativa intercultural (BYRAM, 1997) nas atividades de produção oral e escrita no livro. A análise mostrou que os critérios norteadores, isto é, os parâmetros do exame, permitiram estabelecer uma relação entre a forma que o aluno pode desenvolver o uso da língua adequado às situações socioculturais e às atividades propostas no capítulo analisado; ou seja, como as atividades contemplam o propósito comunicativo e que gêneros e quais interlocutores são condizentes com a ação comunicativa intercultural. Sob uma perspectiva bakhtiniana de linguagem, e segundo a qual a comunicação é organizada através de gêneros do discurso, levei em consideração a relação língua-cultura, e a pesquisa foi norteada pela abordagem comunicativa e filiada aos pressupostos da Linguística Aplicada. Nesse sentido, a proficiência permite ao aluno produzir enunciados adequados dentro de determinados gêneros, configurando a interlocução de maneira adequada ao contexto de produção e ao propósito comunicativo.