dc.description.abstract | A tradução de literatura hispanoamericana teve um despertar bastante tardio no Brasil. Segundo
Daniel Wogan (1948), enquanto nos Estados Unidos a primeira tradução de autor hispanoamericano
data de 1827, no Brasil, isso só ocorreria meio século mais tarde. No entanto, embora não houvesse
muitas traduções, conforme Hallewell, “os intelectuais [brasileiros] não desconheciam a literatura
hispanoamericana no original, graças, principalmente, às edições de Barcelona importadas pela
Livraria Espanhola, do Rio, desde o início do século. [...] Porém, praticamente nada dessa literatura
jamais fora traduzido [até a década de 1960].” (HALLEWELL, 2005, p. 475). Ainda segundo
Hallewell, O Fichero bibliográfico hispanoamericano, de Bella Josef, datado de 1973, dava conta
de apenas meia dúzia de obras traduzidas, entre elas Facundo, de Sarmiento (Biblioteca do
Exército, 1938) e O túnel, de Ernesto Sábato (Civilização Brasileira, 1931). Já no âmbito das obras
do gênero poesia, ao qual me deterei nesta comunicação, a tradução tardou ainda mais. Pablo
Neruda foi o primeiro poeta hispanoamericano traduzido com sistematicidade no Brasil. Nesta
comunicação, irei retomar a história da tradução da poesia de língua espanhola no Brasil e mostrar
por meio de um levantamento bibliográfico a evolução do número dessas traduções no Brasil no
formato livro entre as décadas de 1960 e 2000 | pt_BR |