Representações das subjetividades femininas em Babel bárbara, de Cristina Peri Rossi
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Data
2016-08Autor
Marcari, Maria de Fatima Alves de Oliveira
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Em seu poemário Babel bárbara (1991), a escritora uruguaia Cristina Peri Rossi empreende uma
busca pela mulher arquetípica e original, anterior à cultura patriarcal. Para tanto, a autora propõe a
construção de uma linguagem simbólica feminina oposta à lógica falogocêntrica. Ao longo do
poemário, que parodia o ritmo lento e grandiloquente que caracteriza a ritualidade religiosa,
evidenciase o desejo do eupoético em nomear o que pertence à ordem simbólica: Babel, deusa da
linguagem poética, é um ser ambíguo que se nutre de diversos mitos e de suas interpretações
simbólicas, reunindo o desde o mito da Deusa Terra até o mito do nascimento da linguagem. Em
nosso trabalho, pretendemos analisar como a autora subverte e ressignifica o discurso mitopoético
por meio da linguagem neobarroca, assim como reconstitui uma subjetividade primordial, centrada
no feminino, contrapondose às teorizações de Lacan, que nega ao feminino qualquer protagonismo
ontológico. Para tanto, contaremos com o apoio da crítica de Luce Irigaray (1985) sobre os
pressupostos de Lacan, dos estudos de gênero de Judith Butler (1990), bem como das teorizações
de Severo Sarduy (1972) sobre o neobarroco