Octavio Paz e Fabio Morábito, poetastradutores

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Data

2016-08

Autores

Grotto, Livia

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Editor

UNILA

Resumo

Ao final do ensaio "El nado del traductor" (2000) o egípcioitaliano Fabio Morábito conclui que a poesia é a "nostalgia" de outras línguas, pois representa o desejo humano de ser ouvido em profundidade. Para esse escritor que escolheu o espanhol como língua de escrita, a poesia imitaria a tradução, pois ambas seriam um "segundo nascimento da língua". Quase trinta anos antes, Octavio Paz, no ensaio Traducción: literatura y literalidad (1971) defendia a tradução e a criação como "operações gêmeas". A comunicação objetiva percorrer os textos em que ambos opinam a respeito da tradução literária, buscando desvelar suas autofigurações enquanto poetastradutores. Além de seu ensaio principal, o discurso de Paz sobre tradução aparece disseminado em livros como Los hijos del limo (1974), El signo y el garabato (1973), assim como nos prólogos e notas de suas traduções, em especial as reunidas em Versiones y diversiones (1974). Fabio Morábito, ademais do ensaio supracitado, manifestouse a respeito no conto "Los Vetriccioli" (1989), no ensaio "Poesía y traducción I: olvidar el original" (2010), na palestra "Traduttore truffatore" (2013) e nos insights de El idioma materno (2014): "Scrittore traditore", "La capa exterior", "Drácula y el idioma" e "Los poetas no escriben libros". Enquanto Paz busca combater um dos lugares comuns da teoria da tradução que afirma a intradutibilidade da poesia, Morábito descreve o momento em que sua experiência pessoal de tradutor se faz presente através de duas metáforas interrelacionadas. Por um lado, o esforço de atenção prestado a um som débil – sussurrado ou ouvido –, por outro, sua necessidade, enquanto tradutor, de um lugar que lhe seja próprio

Descrição

IX Congresso Brasileiro de Hispanistas realizado nos dias 22 a 25 agosto 2016

Palavras-chave

Octavio Paz (1914-1998)- poeta e diplomata mexicano, Fabio Morábito (1955-) - poeta italiano

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