dc.description.abstract | Vinculado aos estudos desenvolvidos no Grupo de Pesquisa Literatura, Educação e Cultura:
caminhos da alteridade, o presente trabalho propõe a análise dos mecanismos de construção
identitária plasmados no romance Árbol de familia (2010), da escritora argentina María Rosa Lojo.
De fundo autobiográfico, o relato apresenta um enredo aparentemente simples em que Rosa, a
narradora, conta aos leitores a história de sua família, buscando, mediante a releitura do passado
(familiar e histórico), instituirse como sujeito em meio ao discurso narrativo. A obra apresentase
dividida em duas partes, uma dedicada ao resgate das origens paternas, e a outra, à evocação das
origens maternas. Cruzando os elementos de ambos os eixos ficcionais, a narradora, descendente de
espanhóis, tece, a partir de fragmentos suturados pela memória, os aspectos que definem a sua
identidade como filha “nascida num país chamado exílio”. Da dicotomia estrutural do romance
deflagrase a concepção de fronteira a qual é metaforicamente explorada na diegese. Observar o
modo pelo qual o espaço fronteiriço é representado ficcionalmente e de que maneira ele pode
atribuir sentidos a imagem identitária construída pela narradora é o objetivo desse trabalho. Como
fundamentação teórica, o estudo orientase pelos conceitos de “fronteira” de Mónica Quijada (2002),
“identidade” de Homi Bhabha (1998) e Stuart Hall (2001), pela noção de “sujeito migrante” de
Cornejo Polar (2011), bem como pelo conceito de “entrelugar” de Silviano Santiago (2000) | pt_BR |