Transpondo os puentes amarillos: análise histórica e cultural através de Artaud de Luis Alberto Spinetta

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2017-06-19

Autores

Moraes, Karin Helena Antunes de

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Resumo

Em 1973, o músico argentino Luis Alberto Spinetta lançou o álbum Artaud, intitulado deste modo em homenagem ao poeta surrealista Antonin Artaud (1896-1948). O disco que leva o nome de sua antiga banda, Pescado Rabioso, contém uma proposta estética distinta – não apenas da sonoridade de Pescado – mas também visual ao apresentar uma capa em formato irregular e pouco convencional. O objetivo deste projeto é utilizar Artaud como fio condutor para observar as transformações e as tensões nas relações entre imprensa e rock. A análise sobre a transmutação do álbum através das páginas de Clarín e La Nación nos proporciona um olhar em perspectiva sobre os primeiros anos do gênero na Argentina e suas relações com a sociedade, as outras formas de expressão artística e o fazer político em anos de cerceamento praticado pelo Estado. Pesquisando os diários em 1973, é possível verificar que o rock, ou música jovem como era denominado o gênero neste momento, possuía espaço reduzido nestas publicações que ocupavam grande parte de suas páginas com a turbulenta vida política do país. Em meio a grandes transformações comportamentais e intensa proliferação cultural, Artaud deixa sua marca na história da música popular argentina não apenas pela densidade poética de suas canções, mas também, pela capa que não seguia o formato quadrado padrão dos vinis. Com o passar dos anos, o disco converteu-se em uma espécie de mito do rock nacional. A capa antes odiada, se transformou em objeto de culto. No ano de 2007, uma enquete produzida pela revista Rolling Stone da Argentina elegeu os 100 melhores discos da história do rock local, em primeiro lugar, reinando absoluto, estava Artaud. Em 2015 a gravadora Sony lançou um projeto de reedição de importantes discos do rock nacional no formato vinil. O grande destaque foi Artaud, que pela primeira vez, seria reeditado com sua capa original. Sendo assim, a proposta deste trabalho é analisar a transição sofrida pelo disco e pelo rock de um modo geral, através da imprensa escrita. Deste modo, pretende-se observar não apenas as modificações ocorridas na imprensa, como também, situar o álbum e o artista aos respectivos contextos e acompanhar seu processo de legitimação e a sua inserção nas narrativas sobre as tramas identitárias do país.
En 1973, el músico argentino Luis Alberto Spinetta ha lanzado el álbum Artaud, titulado así en un homenaje al poeta surrealista Antonin Artaud (1896-1948). El disco que lleva el nombre de su antigua banda, Pescado Rabioso, contiene una propuesta estética distinta no solamente a la sonoridad de Pescado, sino también, visual ya que fue editado con una tapa irregular y poco tradicional. El objetivo de esta investigación es utilizar a Artaud como un conductor para acompañar a las transformaciones y tensiones en la relación entre la prensa y el rock. El análisis acerca de la transmutación del álbum a través de las páginas de Clarín y La Nación nos permite una mirada en perspectiva acerca de los primeros años del género en la Argentina y sus relaciones con la sociedad, las outras formas de expresión artística y con el hacer político en años de censura impuesta por el Estado. Investigando a los diarios en 1973, es posible observar que el rock, o música joven como era denominado el género en este momento, tenía un espacio reducido en las publicaciones que ocupaban gran parte de sus páginas con la turbulenta vida política del país. En el medio de grandes transformaciones comportamentales y fuerte proliferación cultural, Artaud deja su huella en la história de la música popular argentina no solamente por la densidad poética de sus canciones, pero también por su tapa que no seguía la forma cuadrada tradicional de los vinilos. Con el pasar de los años, el disco se ha convertido en un mito del rock nacional, su tapa antes odiada, se ha vuelto un objeto de culto. En el año de 2007, una encuesta producida por la revista Rolling Stone Argentina eligió a los 100 mejores discos de la historia del rock local, en el primer puesto absoluto estaba Artaud. En 2015 la grabadora Sony lanzó un proyecto de reediciones en vinilo de importantes discos del rock nacional. El gran destaque fue Artaud, que por primera vez fue editado con su tapa original. La propuesta de este trabajo, es analizar la transición por la que ha pasado el disco y el rock de un modo general a través de la prensa escrita. Con esto, se planea observar no solamente las modificaciones en la prensa, como también, ubicar al álbum y al artista a sus respectivos contextos y acompañar su proceso de legitimación y inserción en las narrativas acerca de las tramas identitarias del país.

Descrição

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Estudos Latino-Americanos da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Mestra em Estudos Latino-Americanos. Orientador: Prof. Dr. Paulo Renato da Silva

Palavras-chave

Rock argentino, Luis Alberto Spinetta (1950-2012) - músico argentino

Citação

MORAES, Helena Antunes de. Transpondo os puentes amarillos: análise histórica e cultural através de Artaud de Luis Alberto Spinetta. 2017. 253 p. Dissertação de Mestrado (Programa de Pós- Graduação Interdisciplinar em Estudos Latino- Americanos - IELA) - Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), Foz do Iguaçu, PR, 2017.