Análise do discurso do mercado imobiliário e dos moradores da interface periurbana no município de Foz do Iguaçu, PR
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Data
2014-11-06Autor
Ribeiro, Karoline
Vargas, Luciane Tavares de
Queiroz Neto, Exzolvildres
Metadata
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O presente trabalho tem por objetivo analisar o discurso dos atores sociais e suas
ações em termos do planejamento e gestão do município, do mercado imobiliário e do
contexto dos moradores ao considerarmos a interface periurbana; o espaço de inter-
relação rural-urbano. Na primeira fase do projeto (2012-2013 foram analisadas as
interações dos atores sociais (órgãos públicos, imobiliárias e moradores) como
construtores ativos das lógicas de usos e ocupação do solo a partir dos referenciais do
Plano Diretor. Na segunda fase (2013-2014) corroborados mais efetivamente pelos
aspectos do planejamento-gestão optamos pela análise do discurso dos atores sociais
como um meio de compreensão do contexto da temática do projeto e as dimensões da
dinâmica sócio-espacial da interface periurbana de Foz do Iguaçu. As técnicas de
pesquisa contemplaram a metodologia qualitativa e foram compostas pela análise
documental de matérias jornalísticas pertinentes à temática e um total de 10 entrevistas
guiadas por roteiros semi-estruturados junto ao mercado imobiliário e os moradores da
interface periurbana (porção Leste do município ou Zona de Expansão Urbana – ZEU),
além de observação do processo de uso e ocupação do solo. Os diálogos com os atores
sociais foram referenciados pelos elementos sócio-espaciais do uso e ocupação solo que
integram o Plano Diretor. Entretanto, procuramos priorizar, a partir de um viés crítico, a
perspectiva dos moradores e as influência do mercado imobiliário como possíveis
protagonistas do ordenamento territorial do município e geradores de novas
problemáticas ao planejamento-gestão. Através das entrevistas nota-se a desinformação
dos moradores das áreas periurbanas sobre uso e ocupação do solo e as diretrizes do
Plano Diretor referente ao planejamento à dada área, fator ressaltado quando a
percepção é dada pela análise paisagista do seu entorno baseando-se no aspecto estático
do rural como local de “plantação”. É identificado nessa fatia de ator social
(moradores), a construção e identificação de seu espaço de vivencia, trazendo no foco a
dicotomia da complexidade que encontram-se, porém carecem de um olhar do poder
público. Os moradores sabem que moram em áreas complexas, com contextos de uso de
solo diferenciado, mais suas relações não são modificadas quanto o que é rural ou
urbano.