Estudo de biomassas de óleo de fritua, restos de alimenso e grama para a produção de biogás
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Data
2014-11-07Autor
Marcondes, Alexandre
Botton, Janine Padilha
Góes, Márcio de Sousa
Ortiz, Nayaret Acosta
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Aumentos constantes dos níveis de poluição ao redor do mundo levam a um aumento no
efeito estufa, nos alarmando em relação ao aquecimento global e todas suas consequências, e nos
leva a necessidade da redução da utilização de combustíveis fósseis, buscando-se novas alternativas.
Além da poluição devido aos gases de efeito estufa, outra preocupação atual são os resíduos sólidos
urbanos e rurais, pois os mesmos quando descartados de maneira incorreta vêm a poluir nosso meio
ambiente. O biogás proveniente da biodigestão anaeróbia vem como uma alternativa a estes dois
problemas: a biodigestão nos propicia o reaproveitamento adequado de diversos tipos de biomassa,
gerando como produto final o biogás e como subproduto um biofertilizante de alta qualidade. A
biodigestão e o biogás podem ser uma solução tanto para o meio rural quanto para o meio urbano,
pois buscam-se alternativas para a produção de biogás através dos mais variados tipos de biomassa.
Este trabalho traz alguns dados sobre a produção de biogás a partir de três diferentes tipos de
resíduos orgânicos: grama, óleo de fritura e resíduo de restaurante (resto de comida), sendo o óleo e
o resíduo de restaurante obtidos no restaurante da Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI) e a
grama proveniente do corte dos gramados da Itaipu Binacional e da FPTI. Além das biomassas
puras também realizaram-se misturas de diferentes tipos de grama com resíduo de restaurante, em
proporções de 50:50, 25:75 e 75:25. Alguns dos resultados obtidos para a produção de biogás por 1
kg de substrato foram: 129,35 L para a grama, 821,24 L para o óleo de fritura e 147,06 L para o
resíduo de restaurante. Para as misturas grama:resíduo de restaurante foram obtidos os seguintes
valores: 54,51 L para a mistura com proporções 50:50, 63,53 L para a mistura com proporções
25:75 e 47,81 L para a mistura com proporções 75:25. Como verificado acima, a produção de
biogás para o óleo de fritura foi bastante acentuado em relação aos demais substratos, produzindo
quantidades até 5 vezes superiores a quantidade de biogás produzida pelo resíduo de restaurante e
superiores até 6 vezes a quantidade de biogás produzido pela grama. As produções de biogás nas
amostras de misturas foram bastante inferiores aos demais substratos. Os resultados deste trabalho
foram satisfatórios, visto que a possibilidade de produção de biogás a partir destes resíduos foi
confirmada, abrindo a possibilidade de um melhor aproveitamento dos mesmos. Como trabalho
futuro propõe-se a produção de biogás em maiores quantidades a partir destes resíduos, em um
biodigestor em escala real. Agradecemos à Universidade Federal da Integração Latino-Americana
(UNILA) pela bolsa de iniciação científica concedida. Agradecemos ao Centro Internacional de
Energias Renováveis – Biogás (CIBiogás-ER) pelos dados disponibilizados.