Dicionário de Arquitetura de Terreiros: a partir do Ilê Asé Oju Ogún Fúnmilaiyó
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Data
2021Autor
Moassab, Andréia
Galdino, Crica
Velame, Fabio
Joice, Berth
Locoselli, Larissa
Santos, Maurício
Costa, Michele
Hoshino, Thiago
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Odossier Dicionário de arquitetura de terreiros a partir do Ilê Asé Oju Ogún Fúnmilaiyó constitui o segundo número do Caderno MALOCA, uma publicação semestral que tem por objetivo a popularização da ciência e do conhecimento, com especial foco nos debates pautados pelo MALOCA - Grupo de Estudos Multidisciplinares em Urbanismos e Arquiteturas do Sul. Esta publicação é resultado de um trabalho conjunto e constante entre nosso grupo de pesquisa e o terreiro Ilê Asé Oju Ogún Fúnmilaiyó,
em Foz do Iguaçu, desde 2014. Na ocasião, por demanda do povo de terreiro, iniciamos o mapeamento das casas religiosas na fronteira. O principal objetivo daquele trabalho foi literalmente “colocar no mapa” os terreiros de umbanda e candomblé, já que apesar da cidade sempre destacar seu acolhimento a diversas nacionalidades, há um ocultamento deliberado das pessoas negras e também de suas práticas religiosas.
Um dos pontos centrais deste caderno, o dicionário, é o tema do texto Pai de quem? Apontamentos
sobre dicionários e ideologia, de Michele Costa e Larissa Locoselli. As autoras mostram como, atualmente, no campo dos estudos da linguagem, muitas pesquisas vêm problematizando esse funcionamento e evidenciando que os dicionários são objetos históricos, elaborados em certas condições que marcam e determinam sua produção. Isso significa dizer que essas obras não somente registram as palavras conforme elas circulam e significam em uma sociedade, mas também produzem e reproduzem certos sentidos, recortando as possibilidades do dizer geralmente de acordo com a ideologia dominante.