Economia Política do trabalho no capitalismo dependente: apontamentos sobre a marginalidade social e a superexposição da força de trabalho
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Data
2015-05Autor
Duarte, Pedro Henrique Evangelista
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A teoria da dependência surgiu no quadro histórico latino-
americano do início dos anos 1960, como uma tentativa de
explicar o desenvolvimento na região, a partir do apontamento das
especifi cidades de suas relações econômicas, políticas e sociais. Como
parte dessa teoria, foram elaborados um conjunto de categorias, cujo
foco central era compreender as particularidades da dinâmica das
relações de trabalho no interior dessas economias dependentes, e como
essa dinâmica era resultado próprio da forma como o capitalismo
se consolidou na região. A partir desses aspectos, o objetivo do
presente artigo é retomar duas dessas categorias - a marginalidade
social e a superexploração da força de trabalho - e buscar mostrar,
de um lado, a importância de sua elaboração para a compreensão das
relações capital-trabalho nas economias periféricas e dependentes e,
de outro, suas aparentes contradições e complementaridades para a
fundamentação de uma economia política do trabalho no capitalismo
dependente, enquanto base teórica para a explicação dos eventos
estruturais e conjunturais das relações de trabalho dessas economias